–Aonde vamos parar?
Esta é a pergunta que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, faz publicamente, após mais uma manifestação sem compostura do presidente da República Jair Bolsonaro, quando se dirigiu ao desaparecimento, durante a ditadura militar, do pai do presidente da OAB nacional.
Aurélio Mello ainda sugeriu aos senhores do governo que, diante dos destemperos tresloucados de sua excelência, alguém tente colocar-lhe uma mordaça.
Depois ele mesmo diz que estamos vivendo “tempos estranhos”.
E bote estranho nisso. Mais ainda quando um ministro da suprema corte vem a público para tal manifestação, quando a própria instituição a que pertence acompanha, inerte e cotidianamente, o sepultamento do estado democrático de direito no País.
Mas, os tempos estão estranhos para os mortais comuns. Os vestais do poder preferem ver a banda passar e ouvir da janela as declarações estapafúrdias do mandatário maior do País.
Mas, além da pergunta do ministro cabe uma outra nesse contexto:
-Afinal, que sociedade estamos formando em meio a essa catarse medieval?
Sociedade esta que antes batia as panelas em nome da moralidade pública e hoje acha normal todos os disparates do presidente e seus familiares, que atuam como num reino, onde o rei vive constantemente a perguntar aos pimpolhos:
-Que Rei sou eu?
Se tudo isso está sendo estranho para o ministro, não o é para mim, nem pra Cega Dedé, lá de PJ.
Estranho é nunca terem pedido uma mordaça para a estocadora de vento e um cabresto para o cachaceiro que urinou nas calças na reunião da ONU. QUEM VOTOU NELES TAMBÉM SE ORGULHA.
Esse Ministro corrupto também não é referência.