Flagrado no mar de lama das joias sauditas, o ex-presidente Jair Bolsonaro agora tenta se desvincular do seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel, Mauro Cid.
O ex-chefe do Executivo empurrou para o militar a responsabilidade no episódio da venda de joias presenteadas por governos estrangeiros e desviadas do acervo da União.
Ele tinha autonomia. Eu não mandei ele vender nada. Joias é tudo como (item) personalíssimo, ou seja, é do presidente”, afirmou Bolsonaro, nesta sexta-feira, em Abadiânia (GO).
Ele seguia para Goiânia, onde recebeu o título de cidadão honorário. De acordo com o ex-presidente, “o tempo vai esclarecer tudo” a respeito da investigação da Polícia Federal.
Por conta da venda de joias, Bolsonaro está sendo investigado e foi alvo, com a mulher, Michelle Bolsonaro, de quebra de sigilos fiscais e bancários, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente admitiu que a situação “incomoda”, mas disse “não ter problema”. Sob as especulações de que vai ser preso, comentou: “Estou sob pressão desde antes de assumir a Presidência”.