7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Bolsonaro estuda igualar regimes de previdência em 10 anos

Armínio Fraga promete economizar R$ 1,3 trilhão neste período

Capitaneada pelo economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, um nova proposta de reforma da Previdência já chegou às mãos dos integrantes do atual e do futuro governo. E ela propõe uma revolução no sistema previdenciário.

Entre as medidas listadas estão

  • a criação de uma renda mínima para idosos (benefício universal sem limite de contribuição ou comprovação de renda);
  • a instituição da Previdência dos militares;
  • a criação de fundos de pensões nos estados, com a retirada do gasto com inativos da folha de pagamento estadual;
  • a previsão de equiparação das previdências pública e privada em pouco mais de uma década.
Proposta é de Armínio Fraga

Aprovado em sua totalidade, o novo regramento promete economizar R$ 1,3 trilhão em dez anos. É quase o triplo da economia prevista pela última versão de reforma apresentada pelo governo Michel Temer.

Fraga encomendou o trabalho inicialmente para entregá-lo ao apresentador Luciano Huck, quando ele ainda cogitava ser candidato à Presidência. Com a desistência de Huck, manteve o projeto para dar uma contribuição a quem vencesse a eleição presidencial.

A primeira medida da nova regra é retirar da Constituição os benefícios previdenciários, que passam a ser detalhados em lei complementar. A ideia é dar flexibilidade a eventuais futuras mudanças, que podem se tornar necessárias de acordo com o envelhecimento da população.

Segundo economistas, a reforma da Previdência é considerada peça fundamental para reorganizar o Orçamento. Em 2019, as contas públicas vão entrar no sexto ano de déficit primário e há pouco espaço para o reequilíbrio, já que boa parte dos gastos é obrigatória. Em 2017, o gasto com o INSS foi de R$ 558 bilhões.

O Regime de Previdência atual

A proposta de Armínio Fraga