O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou que o auditor federal Wagner de Campos Rosário seguirá à frente da CGU (Controladoria-Geral da União). Rosário, que passará a integrar o governo de Bolsonaro a partir do dia 1º de janeiro, já ocupa o cargo de ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União no governo do presidente Michel Temer (MDB).
Informo a indicação do Senhor Wagner de Campos Rosário como Ministro da Controladoria Geral da União. Bom dia a todos!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 20 de novembro de 2018
Wagner de Campos Rosário, 42, é auditor Federal de Finanças e Controle desde 2009. Tornou-se o primeiro servidor de carreira da CGU a assumir o cargo de secretário-executivo e ministro da Pasta.
Manutenção
Desde maio de 2017 à frente da pasta, Rosário assumiu a gestão interina do ministério depois da saída do ministro Torquato Jardim. Em junho deste ano, ele foi oficializado no cargo. Graduado em Ciências Militares pela Academia das Agulhas Negras e mestre em Combate à Corrupção e Estado de Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha, o ministro também já atuou como Oficial do Exército.
Rosário é o primeiro nome da estrutura de primeiro escalão de Temer mantido por Bolsonaro. Porém, o presidente eleito já anunciou que Mansueto Almeida seguirá chefiando o Tesouro Nacional e estuda a permanência de Ivan Monteiro, atual presidente da Petrobras, em seu governo, à frente do Banco do Brasil.
A avaliação no Palácio do Planalto é de que Rosário trabalhou em sintonia com a Polícia Federal no rastro da Operação Lava Jato com respaldo do ex-juiz Sérgio Moro, ganhando apoio junto a integrantes da Força Tarefa.
Além disso, o ministro é bem visto pela cúpula militar do novo governo por ter se formado capitão e ter passado pela (Aman) Academia Militar das Agulhas Negras, por onde também passaram, além do próprio Bolsonaro, os generais Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, e Augusto Heleno, futuro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).