O presidente Jair Bolsonaro proibiu o Exército Brasileiro de punir o general Eduardo Pazuello, após participação em ato político de apoio a ele.
Bolsonaro também proibiu o Exército e o Ministério da Defesa de se posicionarem em relação a ida do general Eduardo Pazuello a um ato político no Rio de Janeiro.
O chefe do Executivo, que está no Equador, ligou para o ministro da Defesa, Braga Netto, após saber informações pela imprensa sobre uma nota que seria publicada.
Após a determinação do presidente, o Exército suspendeu um comunicado que faria aos jornalistas, informando que seria aberta apuração disciplinar contra Pazuello.
General 3 estrelas e ex-ministro da Saúde, Pazuello participou de manifestação favorável a Bolsonaro, subiu em um carro de som e discursou para a multidão. Como ele ainda está na ativa das Forças Armadas, violou o Estatuto Militar e o Código Disciplinar do Exército.
Havendo punição, Pazuello terá 10 dias para apresentar defesa. A punição aplicada pode ir desde advertência até prisão, de acordo com decisão do comandante da Força, general Paulo Sérgio.
O episódio cria uma nova crise entre o governo federal e as Forças Armadas. É a segunda neste ano, já que no mês de março, o presidente demitiu o ministro da Defesa e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, em um ato sem precedentes desde a redemocratização.