21 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Bolsonaro vai ao 7/9 empacado nos números , irritado com Supremo e falando em ‘tirania’

Aliados acreditam que presidente será pressionado por sua militância a reagir

Na véspera do dia 7 de Setembro, data que celebra o Dia da Independência do Brasil e que ironicamente trará ameaças democráticas como golpe de Estado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai ficando cada vez mais pilhado.

Queira ele acredite ou não nas pesquisas de intenção de voto, seu desempenho está fraco. Atrás de Lula (PT) nas pesquisas, o capitão reformado pode ser o primeiro presidente a perder uma reeleição.

Além de cair de 32% para 31%, ainda que na margem de erro de dois pontos, ele oscilou para baixo entre as mulheres, caindo de 29% para 26% no voto feminino. Nem Michelle salva.

Para piorar os nervos do presidente, que já ia montado s más intenções para as micaretas golpistas que está organizando para o 7 de Setembro, com a decisão liminar de Edson Fachin que limitou seus decretos que semearam armas e munições no país, Bolsonaro pode chutar o balde.

Nas redes sociais, o presidente já cita até “tirania”

O armamento é uma das principais bandeiras do bolsonarismo. Um dos bordões do presidente é que “um povo armado jamais será escravizado.”

Integrantes do governo disseram reservadamente que, ao tomar as decisões judiciais, Fachin inflama e provoca o presidente a realizar discursos radicais no feriado da Independência.

Aliados afirmaram que Bolsonaro será pressionado por sua militância a reagir contra as determinações do ministro, o que resultar em declarações que aprofundem a crise do Planalto com o Judiciário.

Mas para estrategistas da campanha de Bolsonaro, um 7 de Setembro com ataques radicais contra ministros do Supremo é um problema, uma vez que ele precisa reduzir sua rejeição.

Quando Bolsonaro faz falas mais inflamadas, com agressões a instituições, ele se prejudica eleitoralmente. Por isso, uma ala dos aliados do presidente vem tentando há meses convencê-lo a abandonar a retórica golpista.