Acusado de bloquear rodovias para fins eleitorais na disputa presidencial de 2022, o ex-chefe da Polícia Rodoviária federal, Silvinei Vasques, chegou com meia hora de antecedência ao Congresso Nacional para depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
Silvinei entrou na sala da comissão – e feito um ator boquirroto – disse à imprensa estar preparado para falar por até 15 horas, sem parar.
Aposentado da PRF por Jair Bolsonaro, no fim do governo, Silvinei será o primeiro ouvido pelo colegiado, nesta terça-feira.
Deputados e senadores governistas pretendem usar o depoimento para investigar eventuais ligações do caso com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Um inquérito aberto a pedido da Polícia Federal apura se o ex-chefe da PRF teria, no dia do segundo turno da eleição presidencial, determinado bloqueios em rodovias para prejudicar a locomoção de eleitores de Lula. Parlamentares governistas querem saber o grau de participação de Bolsonaro e Torres no episódio.