Foi no programa Saia Justa da GNT, nesta quarta-feira, 13, programa apresentado por Astrid Fontenelle, que uma das debatedoras disse estar triste com o momento atual do País, que está levando de 7 a 1 em meio a balbúrdia generalizada.
É fato. E aqui diríamos que esse placar é fruto da indigência política, intelectual e moral que vivemos. Não há quase racionalidade nas discussões, até por que elas não existem. Há berros, gritos e atentados nas redes sociais, travestidos de debate político, lastimavelmente de visão maniqueísta idiotizada.
O País, notadamente, perdeu suas referências de dignidade e valores sensatos e uma horda de fanáticos fundamentalistas vive a expor sentimentos e conceitos torpes em relação ao seu semelhante.
É tanto que quando aparece um parlamentar idiota dizendo na TV que se os professores da escola da Suzano, em São Paulo, estivessem armados a tragédia provocada por dois jovens assassinos e suicidas não teria acontecido. Imagine o nível do debate. Triste.
Se isso não é um desrespeito aos professores é, no mínimo, uma declaração desprovida de inteligência, racionalidade e bom senso.
É isso. O momento político afastou as pessoas da razão e da razoabilidade. Aflorou a cultura da intolerância e do ódio sem fim.
Temos, praticamente nos dias de hoje, uma nova casta na sociedade formada por milicianos virtuais, prontos para destruir e expor aos demais o que há de pior em si. Estamos sem rumo.
Temos a barbárie em repetidos golpes à civilização, com a reverberação do cinismo que afronta a vida saudável, a ética e o bom humor intrínseco que deveria permear a existência de todos.
Cada vez mais, grupos e grupelhos vão se fechando em suas bolhas para disseminar seus sentimentos e conceitos na autoenganação da vida que se julgam ser o caminho da salvação.
Quer saber? Hoje 7 a 1. Amanhã só Deus sabe.