A causa de tudo é o controle de R$ 15 bilhões do Orçamento da União.
Esse seria o pano de fundo da briga entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) contra o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, chamado pelo deputado de “desafeto pessoal e incompetente”.
A questão, como revelou a CNN, trata-se de um “jabuti” que liberou mais de R$ 15 bilhões no Orçamento da União e o presidente da Câmara estaria brigando pelo controle verba.
Se o governo mantém consigo os recursos, ele mesmo atuará na conquista de mais apoio parlamentar no Congresso, reduzindo a influência de Lira nesse processo.
Segundo a colunista, Raquel Landim (CNN), após a votação da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), Arthur Lira avisou aos aliados que o ministro Padilha “estava brincando com fogo”.
Lira não bate prego sem estopa. O governo Bolsonaro soube bem disso, quando o PP e o Centrão passaram a controlar 14 ministérios e implantaram o orçamento secreto.
À época, na Coordenação do processo estavam o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o próprio presidente da Câmara. Eles passaram a ser verdadeiramente os mandatários do Planalto, em meio a bazófia de um líder de bolha extremista.
Para quem está deixando a presidência da Câmara este ano, controlar mais uma fatia de R$ 15 bilhões do orçamento da União, às vésperas das eleições municipais, seria brindar o final de ano feliz.
Enfim, tudo que pega fogo queima. Ou como se dizia antigamente: É uma brasa, mora?