Durante depoimento na CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro, o perito Renato Carrijo, da Polícia Civil do Distrito Federal, declarou, nesta quinta-feira, 22, que a bomba encontrada em um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília é industrial e utilizada em pedreiras para destruir rochas.
A bomba foi encontrada em um caminhão tanque com 10 mil litros de combustível de avião na véspera do Natal do ano passado. O caminhão estava estacionado na área do aeroporto de Brasília.
A bomba foi montada por bolsonaristas George Washington de Oliveira Souza e instalada no caminhão por Alan Diego dos Santos, bolsonaristas que estavam no acampamento em frente quartel do Exército.
O objetivo era gerar o caos para que, então, Jair Bolsonaro (PL) decretasse o estádio de sitio no País, segundo relatou a polícia o próprio George Washington que também depõe hoje na comissão parlamentar
A bomba tinha alto poder de destruição. Como disse o perito Carrijo, que estava de plantão na data da tentativa de atentado, em 24 de dezembro de 2022: “É um explosivo industrial, geralmente utilizado em pedreiras para rompimento de rochas”, destacou.
Não é qualquer um
Segundo o perito as emulsões utilizadas em pedreiras são controladas pelo Exército, e são distribuídas apenas, “se eu não estiver muito enganado, para CNPJs, ou seja, empresas que trabalhem diretamente com fim do uso explosivo. Não é um indivíduo qualquer que teria acesso ao explosivo”.