O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não se mostrou um bom puxador de votos na eleição deste ano. Em vários estados do Brasil seus nomes de preferência saíram derrotado nas urnas.
Além de nenhum de seus apoiados – ou aqueles que buscaram se associar a ele – ter conseguido vencer em cidades importantes, o presidente viu ainda seu filho Carlos Bolsonaro receber 35 mil votos a menos neste ano para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. E ficar em segundo lugar justamente para um candidato do PSOL, Tarcisio Motta.
Pior ainda para Wal do Açai. A funcionária fantasma de seu gabinete – na Câmara dos Deputados – recebeu o apoio em peso da família Bolsonaro, incluindo o do próprio presidente, em lives oficiais, mas não conseguiu se eleger vereadora em Angra dos Reis (RJ). Recebeu apenas 266 votos.
O presidente também se saiu mal em algumas das mais importantes prefeituras do Brasil.
Em São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) passou boa parte da campanha liderando a disputa à Prefeitura, mas acabou ficando em quarto lugar. Em Belo Horizonte, Bruno Engler (PRTB) subiu na reta final, mas não conseguiu evitar a reeleição de Alexandre Kalil (PSD). No Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos) enfrentará um difícil segundo turno contra o favoritismo de Eduardo Paes (DEM). Em Recife, com o apoio à Delegada Patrícia, Bolsonaro foi duplamente derrotado: vendo sua candidata terminar em um pífio quarto lugar, e tendo que engolir o fato de duas candidaturas de esquerda (PT e PSB) passarem para o segundo turno.
Para se ter uma ideia de seu embaraço, Bolsonaro chegou a apagar neste domingo um post com apoio aos candidatos. Mais tarde, divulgou mensagem minimizando os apoios dados e afirmou que a esquerda sofreu uma “histórica derrota” – ou seja, da mesma forma que Trump “venceu” Biden.
“Para 2022, a certeza de que, nas urnas, consolidaremos nossa democracia com um sistema eleitoral aperfeiçoado”. Jair Bolsonaro.