A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) depõe nestasegunda-feira, 7, na Polícia Federal (PF), enquanto alvo da Operação 3FA, realizada na quarta-feira, 2 de agosto.
A operação fez buscas e apreensões contra contra a deputada nos endereços dela, em Brasília e também prendeu o hacker Walter Delgatti Neto, que foi preso.
Delgatti é conhecido por ter dado origem à chamada “Vaza Jato” ao invadir telefones de autoridades envolvidas com a operação Lava Jato e a pedido da deputada forjou soltura de presos e um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes – escrito pela própria bolsonarista, em um ofício que inclusive tinha a frase “faz o L”.
Mas, além disso, a parlamentar foi a responsável por levar o hacker ao Palácio do Alvorada, antes da eleições do ano passado, para uma conversa com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), quando trataram do tema invasão das urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Delgatti teria, a partir daí, assessorado as Forças Armadas nos diálogos com o TSE, sobre os códigos fontes das urnas.
A deputada, portanto, agora é acusada de envolvimento na invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para inserir documentos falsos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, bem como na trama golpista para fraudar as urnas eletrônicas.
Isso por que no ato da prisão, Delgatti revelou ainda que a deputada o financiava para fazer diversas irregularidades, incluindo tentativas de invasão das urnas eletrônicas, celulares de ministros do Supremo, além dos sistemas do TSE e CNJ.
Ele resolveu contar tudo à PF por medo de morrer, segundo a defesa do hacker.