6 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Carta de recomendações para prevenção do suicídio em AL será entregue à Sesau

Em Alagoas foram registrados oficialmente 589 óbitos decorrentes de suicídio entre 2014 e 2018

O Seminário de Prevenção ao Suicídio e Construção de Rede de Cuidados em Alagoas, ocorrido nesta sexta-feira (13), preparou algumas recomendações, contidas em uma carta que será entregue ao secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, na próxima terça-feira (17).

A carta é assinada por por deputados estaduais integrantes das comissões organizadoras do encontro (Direitos Humanos e Segurança Pública; da Criança e Adolescente, Família e Direitos da Mulher; e a de Saúde e Seguridade Social) e por participantes do evento, que reuniu durante todo o dia, profissionais de várias áreas, estudantes e o público em geral, no Centro de Convenções de Maceió.

Entre as recomendações estão:

  • A ampliação da Rede de Atenção Psicossocial;
  • Construção de um Plano Estadual de prevenção do suicídio e o suporte para a elaboração dos planos municipais;
  • Necessidade do cofinanciamento, por parte do Estado, para a rede de atenção psicossocial;
  • Qualificação de professores e profissionais da atenção básica para que realizem o atendimento de forma interdisciplinar, identificando os fatores de risco e realizando a abordagem apropriada.

Números

Em Alagoas foram registrados oficialmente 589 óbitos decorrentes de suicídio entre 2014 e 2018. Em 2019, já são 18 mortes, a maioria por enforcamento. Mais detalhes dos números podem ser conferidos clicando aqui.

Entre 2014 e 2018, as maiores taxas de mortalidade por suicídio foram registradas nas 7ª e 8ª regiões de saúde, entre 4,5% e 5.2% para cada 100 mil habitantes. Ela explicou que conforme o parâmetro da Organização Mundial de Saúde (OMS), o estado figura entre o risco baixo (até 5%) e médio.

Este ano, a Política Nacional de Prevenção à automutilação e ao suicídio estabelece que todos os casos suspeitos ou confirmados sejam de notificação compulsória e imediata (até 24 horas) pelos estabelecimentos de saúde às autoridades sanitárias e pelos estabelecimentos de ensino aos conselhos tutelares.

As apresentações foram precedidas de rodas de conversas, onde as perguntas da plateia foram respondidas pelos palestrantes.

O seminário contou com a participação de representantes de diversas entidades relacionadas ao tema, secretarias estadual e municipais de saúde, Conselho Regional de Medicina, Ministério Público Estadual, Conselho Regional de Psicologia, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas, Ufal e professores da rede pública de ensino.