19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Censo 2022: População diminui e 32% dos municípios de Alagoas vão ter perda de ICMS

Maceió no entanto apresenta aumento de 2,70% em sua população, alcançando 957.916 habitantes e a 16ª posição no Brasil

A divulgação dos primeiros dados do Censo 2022 nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que as cidades de Salvador, Natal, Belém e Porto Alegre tiveram reduções populacionais acima de 5% nos últimos 12 anos.

Embora com percentuais menores, o número de moradores em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro também encolheu no período. Ao mesmo tempo, foram registrados aumentos tímidos, abaixo de 2%, em São Paulo e Curitiba, sinalizando uma redução no ritmo do crescimento populacional.

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Segundo Ricardo Ojima, pesquisador do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), não só no Brasil como em todo o mundo, se observa um movimento demográfico caracterizado pela reacomodação da população nas cidades do entorno das grandes metrópoles.

Ele cita o exemplo de Salvador, que teve uma perda de 9,6% no número de moradores, a redução mais expressiva entre todas as capitais. Ricardo Ojima observa que os censos anteriores já vinham mostrando um salto populacional bastante intenso nos municípios do entorno da metrópole baiana.

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Embora Maceió tenha apresentado um aumento de 2,70% em sua população, alcançando 957.916 habitantes e a 16ª posição no Brasil, um a cada três municípios de Alagoas apresentaram redução no total da população.

E como o número de habitantes é determinante para o cálculo de repasse do FPM – Fundo de Participação dos Municípios, mais de 32% das cidades devem perder recursos.

O índice é alto, quase o dobro da média nordestina, que foi de 18%. Situação pior é no Norte, com redução média de 29%. Estados do Amazonas e de Rondônia apresentam redução em 61% dos municípios. Logo atrás estão Amapá (33%) e Pará (33%). Centro Oeste e Sudeste apresentam perdas em apenas 11% dos municípios. No Sul, 8%”

Os dados são Confederação Nacional de Municípios (CNM), que acredita que os dados não representam com fidedignidade a realidade do país e impacta diretamente nos recursos transferidos aos entes locais.