18 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Chiquinho Brazão chora em depoimento e diz que não mandou matar Marielle Franco

Na sessão onde não apareceu nenhum parlamentar conservador, Chiquinho disse que é um homem inocente

Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputado, Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) chora e se diz inocente no caso Marielle Franco. Ele depôs nesta terça-feira (16) e disse que não deveria estar preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol), morta em 2018. Brazão é acusado de ser um dos mandantes do crime.

Integrante da Câmara dos Deputados, o parlamentar é alvo de ação que pede a cassação de seu mandato. A relatora do processo é a deputada Jack Rocha (PT-ES).

Também são alvos de investigações pelo crime Domingos Brazão, irmão de Chiquinho e conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, delegado da Polícia Civil do Rio.

Chiquinho Brazão afirmou que é “vítima” de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco, e disse que nunca teve contato com ele. Em delação à Polícia Federal, Lessa apontou os Brazão como mandantes do crime.

“Continuo afirmando que sou inocente. Não estou envolvido em nada. Como falei, somos vítimas de uma acusação de um réu confesso para obter benefícios. Esse indivíduo não conhecemos e ele está protegendo, provavelmente, alguém”, afirmou Chiquinho.

Ausentes

A maioria dos integrantes da Comissão de Ética se ausentou do depoimento. Nenhum deputado conservador compareceu à sessão das oitivas dos irmãos Brazão. Aliás, apenas dois parlamentares participaram dos depoimentos: Ana Paula Lima (PT-SC) e Chico Alencar (PSOL-RJ), além da relatora.

Questionada sobre o esvaziamento das sessões, a relatora Jack Rocha afirmou que a situação não deve impactar na decisão final do Conselho de Ética.