8 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Ciro diz que governo adotou política de preços fraudulenta na Petrobrás

Pré-candidato a presidência, Ciro Gomes diz que Temer afetou gastos na saúde por 20 anos

O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, disse nesta segunda-feira, 28, que o governo Michel Temer  impôs à sociedade uma política de preços na Petrobras “absolutamente fraudulenta” e pediu a demissão do presidente da estatal, Pedro Parente.

A declaração de Ciro foi feita durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura.

Ciro afirmou que a política de preços da estatal é equivocada e favorece importadores, o que provoca um aumento de preço “absurdo e criminoso” aos consumidores. “Nós temos uma companhia estatal que tem padrões de eficiência e de custos e que pode transferir essa eficiência para o interesse brasileiro”, disse.

Em julho de 2017, desde que a Petrobras passou a reajustar os valores de acordo com a cotação do mercado internacional, os valores dos combustíveis sofrem variações diariamente. De lá para cá, os preços dos combustíveis subiram em torno de 30%, o que acarretou uma paralisação de caminhoneiros em todo país.

O pré-candidato pelo PDT negou que adotaria uma política de controle de preço nos moldes adotados por governos petistas. Segundo ele, o controle de preços é “um erro do passado que não serve ao Brasil”.

Alianças – Ao ser questionado sobre possíveis alianças políticas, caso seja eleito, Ciro disse seu partido vai “fechar a torneira da roubalheira”.

“Eu não tenho a ilusão de que a minha mera eleição vai transformar o parlamento brasileiro em um ajuntamento de anjos puristas. Isso não está no meu alcance (…) Minha tática é procurar alianças com o PSB e o PCdoB. É um núcleo forte para um possível governo meu”, afirmou.

Ciro Gomes, criticas ao governo Temer

Ciro criticou ainda a insistência do PT em manter a candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto. Lula foi condenado em 2ª Instância e está preso desde o dia 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).

Gastos Públicos – O pedetista fez críticas ao projeto do Executivo que limitou investimentos pelos próximos 20 anos, a PEC do Teto.

Para ele, a emenda impede a gestão do país. “Hoje, o país está proibido de expandir o gasto com saúde pelos próximos 20 anos. Temos em torno de 2 milhões de nascimentos por ano, como vamos cuidar das crianças?”, disse.

O pré-candidato também defendeu uma reforma da Previdência que reduza privilégios de alguns setores. “No Brasil você tem o problema de que 2 em cada 100 beneficiários da Previdência levam quase ¼ de tudo. Só que essa gente é a gente poderosa do Brasil”.