7 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Collor preside debate sobre retomada do turismo religioso na pandemia

Tema “Turismo Religioso: Os Caminhos da fé no pós-pandemia” foi promovido Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo

A manutenção de medidas de biossegurança e a adoção de protocolos sanitários poderá contribuir para a retomada do turismo e assegurar a realização de eventos voltados a um público mais amplo e a celebração de festividades.

Essa, ao menos, é a avaliação feita pelos convidados da 14ª Mesa do Ciclo de Debates sobre o Turismo, com o tema: “Turismo Religioso: Os Caminhos da fé no pós-pandemia”, promovido nesta segunda-feira (6) pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).

Proponente do debate e presidente da CDR, o senador Fernando Collor (Pros-AL) apontou a relação crescente entre atividade turística e espiritualidade.

Além de citar a devoção popular, Collor observou que locais de romarias e festividades sempre fizeram parte da vida do brasileiro e contribuíram para a definição da identidade nacional.

Em 2019, haviam 513 comemorações inscritas no calendário nacional de eventos, das quais 96 são consideradas de grandes proporções, disse Collor, ao apontar a importância do turismo religioso no país.

“Em Aparecida, estima-se que 10 milhões de fiéis vão para lá a cada ano. Há mais de 300 destinos religiosos no Brasil, e não surpreende [que o segmento] tenha movimentado 20 milhões de viagens por ano, gerando quinze bilhões de reais para todo o país”. Fernando Collor.

Collor ressaltou que o turismo religioso é atividade crescente não só na vida de cristãos, mas entre evangélicos e seguidores de religiões de matrizes afro-brasileiras e orientais.

O senador destacou ainda que o Brasil “felizmente é um país de convivência tolerante entre religiosos”, o que favorece um cenário auspicioso para o avanço do turismo religioso no país.

Ele ressaltou ainda que um número considerável de pessoas e pequenas empresas dependem da atividade turística religiosa em cidades menores, que, mesmo ocorrendo de forma sazonal e pontual, possui a capacidade de gerar renda durante todo o ano.

“Locais como Aparecida (SP), Juazeiro do Norte (CE), Salvador BA) e Nova Trento (SC) são exemplos que podem nos ajudar a pensar a questão do turismo religioso nos caminhos da fé no mundo pós-pandemia. O novo normal que estamos construindo exige adoção de protocolos rígidos de segurança sanitária e medidas protetivas para evitar aglomerações”. Fernando Collor.

No início da reunião, Collor manifestou preocupação com medida anunciada pelo governo argentino que, em sua avaliação, pode afetar de maneira negativa o intercâmbio de turistas entre Brasil e Argentina.

“A atividade turística entre Brasil e Argentina requer previsibilidade e esforços permanentes no sentido de sua ampliação. A proibição de que empresas e bancos argentinos financiem a aquisição de produtos turísticos para o exterior vai em sentido contrário à crescente ampliação pela qual temos trabalhado arduamente nos dois lados de nossas fronteiras, fronteiras, aliás, que têm sido cada vez menos linhas de separação para se tornarem pontos de encontro e de convergência. Estou convencido que, nos tempos atuais, são a integração e a cooperação, e não o isolamento, os caminhos para superar as dificuldades conjunturais nos dois países, que sempre caminharam de maneira amistosa e solidária e, assim, haverão de continuar”. Fernando Collor.