O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, repudiou a tentativa de ato terrorista na capital federal e afirmou que a democracia brasileira não aceita ações como essa.
A ação foi impedida com a prisão do homem que montou um artefato explosivo em um caminhão de combustível perto do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.
“As eleições se findaram com a escolha livre e consciente do presidente eleito que tomará posse no dia 1º de janeiro. O Brasil quer paz para seguir em frente e se tornar o país que todos nós desejamos”, afirmou Rodrigo Pacheco. “A reconciliação nacional, a volta de um ambiente de equilíbrio, de ponderação e de sensatez é fundamental. Questionamentos indevidos, crises que não precisam ser geradas, tem de ser combatidas”.
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro, por outro lado, ainda não se pronunciou sobre os eventos que envolvem seus apoiadores suspeitos de terrorismo.
De acordo com Jamil Chade, do UOL, entidades e governos estrangeiros estão preocupados com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1º de janeiro de 2023, que deve contar com mais de 50 delegações de alto nível do exterior.
O principal motivo de alerta é o silêncio do presidente Jair Bolsonaro. Segundo diplomatas europeus, a opção de um líder por não se pronunciar é uma característica da extrema direita diante de um movimento supostamente espontâneo de ataques contra instituições.
Um grande motivo de preocupação é comprovação da existência de células da extrema direita ou mesmo indivíduos aguardando sinais por parte das lideranças para agir.
Segurança reforçada
Diante de todos estes problemas, o reforço do esquema de segurança para a posse de Lula e Geraldo Alckmin já começou.
Diante dos últimos acontecimentos e da necessidade de reforço na segurança no perímetro da Praça dos Três Poderes, a Secretaria de Polícia do Senado Federal informou que nesta semana serão adotadas medidas excepcionais de segurança:
- todas as pessoas devem passar pelos pórticos de Raio-X e detectores de metal para adentrar nas dependências do Senado Federal, inclusive servidores, funcionários terceirizados e prestadores de serviço;
- não será permitida a entrada de visitantes, nem de entregadores de alimentos ou motoristas de aplicativo; as entregas de alimento e o embarque ou desembarque de passageiros deverão ser procedidos na área externa ao Senado Federal;
- não será permitida a entrada de correntistas nas agências bancárias da Casa que não integrem o quadro de colaboradores; apenas senadores, servidores, profissionais terceirizados e estagiários poderão utilizá-las.