
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a atacar o Fundo Amazônia no final de semana ao tuitar uma nota do jornal Valor Econômico de 2014.
O texto dizia que o BNDES, em parceria com a FAO (braço da ONU para agricultura e alimentação), elaborava um projeto para ajudar países da bacia do rio Congo, na África, a monitorar desmatamento com recursos do fundo. “Sem comentários”, escreveu junto da nota.
Sem comentários. pic.twitter.com/rIPefTdsLy
— Ricardo Salles MMA (@rsallesmma) 6 de julho de 2019
Arthur Koblitz, da associação de funcionários do banco, entendeu ser uma indireta para questionar o papel do fundo, e tuitou de volta.
“Sr. Ministro, essa notícia é falsa. Não há qualquer projeto apoiado pelo Fundo Amazônia na África. (…) Sua posição deveria obrigá-lo a esclarecer a opinião pública, não propagar desinformação”. Arthur Koblitz,, bancário.
Fundo Amazônia
O ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, deve voltar a se reunir com as embaixadas da Alemanha e da Noruega nesta semana para discutir o destino do bilionário Fundo Amazônia, bancado pelos dois países.
Os dois países resistem a mudanças que o governo brasileiro pretende fazer na gestão do fundo, diminuindo o número de conselheiros de 24 para 7 e deixando o governo em maioria em sua composição.
As duas embaixadas já se posicionaram publicamente contra as mudanças. O governo admite ceder, mas insiste em dar um caráter mais enxuto e “executivo” ao colegiado. A Noruega já colocou R$ 3 bilhões no fundo. A Alemanha, R$ 192 milhões. E o Brasil, apenas R$ 17 milhões.
O novo encontro deve ocorrer depois que Angela Merkel, chanceler da Alemanha, criticou Jair Bolsonaro e disse que teria uma “conversa clara” com ele sobre política ambiental.