Depois de 8 horas e 1 minuto de sessão, o governo conseguiu aprovar nesta terça-feira, 06, a reforma trabalhista na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. Foram 14 votos a favor e 11 contra.
É a primeira vitória do governo relacionada à reforma na Casa. A proposta precisa passar ainda por CAS (Comissão de Assuntos Econômicos) e CCJ (Comissão Constituição e Justiça) para depois ir ao plenário do Senado e passar pelo crivo dos 81 senadores.
O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) não fez alterações no texto aprovado na Câmara. Ferraço apontou sugestões de mudança, que devem ser alteradas por medida provisória, editada pelo presidente Michel Temer.
A oposição não concordou com o método. O acordo foi a solução encontrada pelo Planalto para a reforma ser aprovada mais rapidamente. Caso sofresse alterações, o texto precisaria retornar à Câmara para nova chancela dos deputados.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu a indicação de mais um integrante para a CAE. Originalmente, o colegiado é composto por 27 senadores, mas por falta de acordo sobre que partido ocuparia a vaga, não houve indicação. O pedido de Renan foi para que o posto ficasse com o PMDB, por ser o partido com a maior bancada da Casa.
O objetivo do cacique era conseguir reverter o quadro de votos na comissão. O pedido, contudo, foi remetido à Presidência do Senado e não afetou os trabalhos desta 3ª.