20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

CPI da pesquisa proposta pelo governo só sai se senado criar CPI do MEC também

Oposição diz que acordo firmado com a mesa é que duas CPÌs seriam instaladas após as eleições

Randolfe: acordo firmado com a mesa precisa ser cumprido

Os aliados do presidente do governo Jair Bolsonaro no Senado conseguiram nesta semana o número mínimo de assinaturas para abrir a Comissão Parlamentar de Inquérito que pretende investigar os institutos de pesquisas eleitorais.

Mas,  a bancada enfrenta um grande problema. A oposição aceita a instalação da CPI, desde que o presidente da casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) instale a CPI do MEC, que também tem assinaturas suficientes para iniciar os trabalhos.

Isso por que antes de começar o período eleitoral, os líderes do Senado firmaram um acordo para que duas CPIs fossem instaladas no mesmo momento, logo após as eleições. São elas: a CPI do MEC, que buscaria investigar as suspostas irregularidades no Ministério da Educação durante a gestão de Milton Ribeiro; e a CPI das obras inacabadas, que se propõe a apurar as obras financiadas nos governos do PT.

Os líderes ouvidos  afirmam que para a criação do novo colegiado será necessário cumprir o acordo firmado antes. O líder da oposição na Casa, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), argumentou não ser contra a instalação da CPI que investigará as pesquisas, mas que o compromisso dos líderes precisa ser respeitado pela Mesa Diretora do Senado.