20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

CPI de Arapiraca leva tiro no pé em depoimento de personagem desconhecido

 Victor Acioli pode ter sido a pá de cal na investigação de uma CPI forjada num pretenso golpe.

 

CPI da câmara de Arapiraca no depoimento de Victor Acioly.

Os nove vereadores que estão alinhados ao prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (MDB), já estão convencidos de que a CPI criada na casa pelo grupo dos 10, para apurar irregularidades na licitação do lixo, tende a “a cair com os burros n’água”.

Esse entendimento da bancada governista surgiu diante uma Câmara de Vereadores lotada fazia a exposição de um personagem desconhecido, em depoimento que não trouxe novidade alguma para o caso. O personagem era tido como a bala do processo.

No cenário montado pela CPI, de um lado estavam cidadãos convocados por vereadores do chamado grupo dos 10. Do outubro, servidores públicos municipais dispostos a contribuir com a elucidação das dúvidas que dizem, pairam no ar.

Durante o depoimento ficou constatado pelos membros da comissão de investigação, que tem como pano de fundo interesses particulares e políticos de oposição ao prefeito Luciano Barbosa, o novo personagem apresentado era “um auditor fake”.

Contratado como figura “ isenta” pela Câmara de Vereadores, Victor Acioly, ex candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro, embora tenha se intitulado engenheiro auditor, revelou a farsa de uma investigação que busca apenas desintegrar politicamente o atual gestor da cidade.

Com um discurso confuso, cheio de subterfúgios e teoremas, o que o convidado fez foi tentar desestabilizar a Secretária inquirida. Caroline Valeriano respondeu a todas perguntas e questionamentos enquanto ele se apressou a sair de cena antes que sua identidade fosse revelada.

“ A senhora calculou em sua planilha sete dias da semana, quando a coleta é feita em 6”, disparou ele tentando desestabilizar os dados apresentados.

“ Mas é claro. Embora não haja coleta ao domingo, há lixo produzido. E temos que recolhê-lo. O senhor deveria saber disso”, disparou ela contra o depoente, que segundo as informações teria sido cooptado para intimidar uma mulher preparada para o embate.

Victor não disse para que veio. Mas, ficou claro para CPI que se o depoimento dele não foi um  tiro no pé de quem o patrocinou, foi então a pá de cal na investigação de uma CPI forjada num pretenso golpe.