Os nove vereadores que estão alinhados ao prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (MDB), já estão convencidos de que a CPI criada na casa pelo grupo dos 10, para apurar irregularidades na licitação do lixo, tende a “a cair com os burros n’água”.
Esse entendimento da bancada governista surgiu diante uma Câmara de Vereadores lotada fazia a exposição de um personagem desconhecido, em depoimento que não trouxe novidade alguma para o caso. O personagem era tido como a bala do processo.
No cenário montado pela CPI, de um lado estavam cidadãos convocados por vereadores do chamado grupo dos 10. Do outubro, servidores públicos municipais dispostos a contribuir com a elucidação das dúvidas que dizem, pairam no ar.
Durante o depoimento ficou constatado pelos membros da comissão de investigação, que tem como pano de fundo interesses particulares e políticos de oposição ao prefeito Luciano Barbosa, o novo personagem apresentado era “um auditor fake”.
Contratado como figura “ isenta” pela Câmara de Vereadores, Victor Acioly, ex candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro, embora tenha se intitulado engenheiro auditor, revelou a farsa de uma investigação que busca apenas desintegrar politicamente o atual gestor da cidade.
Com um discurso confuso, cheio de subterfúgios e teoremas, o que o convidado fez foi tentar desestabilizar a Secretária inquirida. Caroline Valeriano respondeu a todas perguntas e questionamentos enquanto ele se apressou a sair de cena antes que sua identidade fosse revelada.
“ A senhora calculou em sua planilha sete dias da semana, quando a coleta é feita em 6”, disparou ele tentando desestabilizar os dados apresentados.
“ Mas é claro. Embora não haja coleta ao domingo, há lixo produzido. E temos que recolhê-lo. O senhor deveria saber disso”, disparou ela contra o depoente, que segundo as informações teria sido cooptado para intimidar uma mulher preparada para o embate.
Victor não disse para que veio. Mas, ficou claro para CPI que se o depoimento dele não foi um tiro no pé de quem o patrocinou, foi então a pá de cal na investigação de uma CPI forjada num pretenso golpe.