Nesta sexta-feira, a Federação Alagoana de Futebol recebeu integrantes das torcidas organizadas de CSA e CRB, para tratar do clássico das multidões de amanhã e selar a paz entre as torcidas.
Felipe Feijó, Presidente da FAF, Júnior Beltrão, Secretário-Geral da FAF, e Luciano Sampaio, Diretor de Competições, receberam os integrantes da Mancha Azul e Comando Alvi-Rubro.
Após a conversa, os membros das torcidas acertaram e prezaram pela paz, garantindo o fim dos confrontos envolvendo as sedes das organizadas, bem como os confrontos nas ruas.
O clássico deste sábado começa às 16h, no Rei Pelé, pela 29ª rodada do Brasileirão da Série B.
Segurança
Em reunião realizada na Academia de Polícia Militar, ficou definido o esquema de segurança. 350 policiais vão trabalhar na segurança da partida.
Os portões do Trapichão serão abertos às 14h, com a interdição do trânsito em volta do estádio começando às 13h. Por determinação judicial, conforme portaria Nº 001/2017, da lavra da Dra. Maria Lúcia de Fátima Barbosa Pirauá, Juíza de Direito da 28ª Vara Cível da Infância e da Juventude da Capital, fica terminantemente proibida a entrada e permanência de menores de 2 anos de idade, sem exceção.
Crianças de 2 anos até adolescentes de 16 anos precisam estar acompanhados de pai, mãe, responsável legal ou com autorização legal. Adolescentes de 16 e 17 anos precisam apenas do RG ou certidão de nascimento.
Ficou determinada também a proibição dos seguintes materiais: capacete, garrafas plásticas, guarda-chuva, bastões (tipo selfie ou outro tipo de utilização), papel picado, sinalizador com acionamento incendiário, apontador laser, bandeiras com mastro, rolos de papel higiênico ou de máquina de registro, isqueiros ou animais.
A torcida do CRB, visitante no clássico de amanhã, sairá 30 ou 40 minutos após o término da partida.
Mancha Azul suspensa
Horas antes, Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio das promotorias de Justiça do Torcedor da Capital, ajuizou ação civil pública com pedido de liminar em desfavor do Grêmio Recreativo Esportivo e Cultural Torcida Mancha Azul para que seja suspensa a sua presença em praças desportivas, além do funcionamento e suas atividades pelo prazo de 60 dias.
O pedido foi acatado, conforme decisão do juiz Cláudio José Gomes Lopes.
A iniciativa dos promotores de Justiça Sandra Malta Prata Lima e Bruno Baptista, das 37ª e 41ª Promotorias de Justiça, deve-se à sequência de atitudes violentas adotadas por parte de integrantes da conhecida “Mancha Azul” contra torcedores adversários locais ou visitantes, bem como ameaças contra a direção do clube por meio de gritos de guerra e pichações em suas residências.
Além disso, há testemunho de vítimas que teriam sido perseguidas e interceptadas pela referida torcida organizada e o pedido formal da Polícia Militar , via Comando de Policiamento da Capita (CPC), pela interrupção temporária de sua atuação.
Para respaldar a ação, os promotores elencaram alguns registros de violência promovidos por integrantes da “Mancha Azul”, como o ocorrido em 2 de junho deste ano, em duas praças que fazem divisa com os bairros do Poço, Jatiúca e Ponta Verde, onde torcedores regatianos foram surpreendidos com arremessos de explosivos de fabricação caseira que partiram de um veículo ocupado por pessoas uniformizadas com roupas da torcida azulina.
No espaço, houve revide, tumulto e vítimas ficaram feridas.