8 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Crochê garante renda extra para marisqueiras no Dique Estrada

Atividade faz parte de atividades do Instituto Servir

Sobreviver apenas de  sururu tem sido, cada vez mais, um desafio para quem  vive na região do Dique Estrada, às margens Lagoa Mundaú, em Maceió. Com pouco estudo, mas com vontade de trabalhar para garantir renda extra, um grupo de mulheres da comunidade se reúne, uma vez por semana, no Instituto Servir, para aprender a arte do crochê.

As aulas de crochê surgiram por iniciativa da professora Mirtis do Amaral, voluntária do Instituto. “Começamos com três alunas. Hoje, temos 16 crocheteiras. A maioria marisqueiras, em busca de renda extra, mas há também donas de casa e mulheres que, lutando para vencer alguma dependência química, encontraram no crochê uma espécie de terapia”, conta Mirtis, que, neste domingo, levou representantes das crocheteiras para expor parte da produção no Bazar Solidário, realizado em um espaço cedido pela Cuscuzeria Café, na Jatiúca.

Dona Sônia Maria Santos, uma das alunas da professora Mirtis, conta que, aos 12 anos, já fazia peças de crochê, por isso, teve mais facilidade nas aulas.  “Eu soube dessa aula por uma vizinha. Não falto nunca”, destacou Sônia. Junto com as amigas Anadeje Gomes e Gezilda Brandão, ela representou as crocheteiras no bazar deste domingo.   As roupas, sapatos, bolsas, acessórios e diversos outros artigos de cama, mesa e banho comercializados variam de R$ 3,00 a R$ 70,00. “Gostei demais da qualidade e diversidade das peças, do designer e, principalmente, do precinho especial”, elogiou a bióloga Rosa Lobo.

A produção das peças é garantida com linhas doadas  nas campanhas que os voluntários do Instituto organizam. Em novembro, mais uma edição do bazar Crochê Solidário deve acontecer na Cuscuzeria. Quem desejar contribuir para a ampliação do grupo Crochê Solidário, ou conhecer de perto o trabalho desenvolvido pela professora Mirtis, pode obter informações pelo telefone (82) 88874805 ou via Instagran (crochesolidario).

Em tempo, o Instituto Ser funciona há seis anos, com apoio financeiro de empresários alagoanos e de voluntários, que se revezam, diariamente, para atender a 150 famílias carentes da região. Elas recebem almoço e podem participar de atividades esportivas e educativas, além do crochê solidário.