6 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Datafolha aponta que 81% dos brasileiros apoiam passaporte da vacina em locais fechados

Categoria que menos apoia a media são os empresários (60%) e os de maior rejeição são jovens que ganham mais de 10 salários mínimos (28%)

Foto: Ascom SMS

Segundo nova pesquisa Datafolha, 81% da população brasileira é a favor da apresentação de comprovante de vacinação contra Covid para a entrada em locais fechados, como escritórios, bares, restaurantes e casas de shows.

O levantamento também mostra aumento da percepção da população de descontrole da pandemia, em meio ao avanço dos casos puxado pela variante ômicron.

Alguns bares e restaurantes de Maceió já adotaram a medida, fácil de ser adotada: a vacina é gratuita, altamente disponível e é a melhor maneira de evitar efeitos graves da Covid-19.

Leia mais: Bares e restaurantes de Maceió passam a exigir cartão de vacinação

No entanto, a a oposição ao passaporte vacinal é uma bandeira da gestão Jair Bolsonaro (PL), que já diz inclusive que nunca vai se vacinar – apesar de impor sigilo de 100 anos em seu cartão de vacinação.

No final de dezembro, por exemplo, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, publicou um parecer que dizia não ser possível a exigência do comprovante de vacinação em universidades e institutos federais. Ele foi elogiado pelo presidente, filhos e demais bolsonaristas.

O ato, no entanto, foi suspenso pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski.

Foto: Cláudia Leite/ Ascom Semtel

Números

A pesquisa foi feita por telefone nos dias 12 e 13 de janeiro, com 2.023 pessoas de 16 anos ou mais em todos os estados do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O maior percentual de favoráveis à medida ocorre entre mulheres (87%), pessoas com mais de 60 anos (87%), com ensino fundamental (86%) e que ganham até dois salários mínimos (85%).

Os grupos com maior rejeição à obrigatoriedade da vacina para entrar em lugares fechados são homens (24%), pessoas de 25 a 34 anos (22%) e que ganham mais de dez salários mínimos (28%).

O apoio à exigência da vacinação é maior no Sudeste (84%) e menor na região Sul (75%). Também há maior apoio entre espíritas (87%) e católicos (85%) do que entre evangélicos (76%).

Entre as ocupações, as donas de casa são as mais favoráveis (90%), e os empresários (60%) a categoria em que o apoio é menor.