Segundo nova pesquisa Datafolha, 81% da população brasileira é a favor da apresentação de comprovante de vacinação contra Covid para a entrada em locais fechados, como escritórios, bares, restaurantes e casas de shows.
O levantamento também mostra aumento da percepção da população de descontrole da pandemia, em meio ao avanço dos casos puxado pela variante ômicron.
Alguns bares e restaurantes de Maceió já adotaram a medida, fácil de ser adotada: a vacina é gratuita, altamente disponível e é a melhor maneira de evitar efeitos graves da Covid-19.
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No entanto, a a oposição ao passaporte vacinal é uma bandeira da gestão Jair Bolsonaro (PL), que já diz inclusive que nunca vai se vacinar – apesar de impor sigilo de 100 anos em seu cartão de vacinação.
No final de dezembro, por exemplo, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, publicou um parecer que dizia não ser possível a exigência do comprovante de vacinação em universidades e institutos federais. Ele foi elogiado pelo presidente, filhos e demais bolsonaristas.
O ato, no entanto, foi suspenso pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski.
Números
A pesquisa foi feita por telefone nos dias 12 e 13 de janeiro, com 2.023 pessoas de 16 anos ou mais em todos os estados do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O maior percentual de favoráveis à medida ocorre entre mulheres (87%), pessoas com mais de 60 anos (87%), com ensino fundamental (86%) e que ganham até dois salários mínimos (85%).
Os grupos com maior rejeição à obrigatoriedade da vacina para entrar em lugares fechados são homens (24%), pessoas de 25 a 34 anos (22%) e que ganham mais de dez salários mínimos (28%).
O apoio à exigência da vacinação é maior no Sudeste (84%) e menor na região Sul (75%). Também há maior apoio entre espíritas (87%) e católicos (85%) do que entre evangélicos (76%).
Entre as ocupações, as donas de casa são as mais favoráveis (90%), e os empresários (60%) a categoria em que o apoio é menor.