O ano vai terminando e as visões vão se clareando na seara política. E mal terminou uma eleição, o meio já se movimenta para pavimentar a estrada da próxima contenda (2020), quando as cidades elegerão seus novos representantes nas Prefeituras e Câmaras de Vereadores.
Assim, 2019 será um ano cheio de articulações e montagens de cenários para quem pretende chegar ao poder pelo voto direto dos munícipes.
Em Maceió, a sucessão de Rui Palmeira (PSDB) já está na roda das discussões de bastidores. Há quem diga que o perfil do futuro prefeito terá que ser mais de empresário do que político por uma série de razões conhecidas de todos.
Mas, há também velhas raposas políticas que advertem ser uma eleição, via de regra, coisa para profissional. Ou seja, quanto mais do ramo melhor para atingir a meta desejada.
Rui Palmeira sabe que seu governo não tem enchido os olhos dos maceioenses, mas não quer se abster do processo, como praticamente o fez na eleição estadual. Os tucanos não tiveram candidato ao governo.
Por isso, dizem pessoas próximas dele que há uma aposta política em curso. Ela seria o vereador e atual Secretário Municipal de Infraestrutura, Ib Breda. Um empresário, de família tradicional, que tomou gosto pela política.
O trabalho até então é silencioso. Corre ao vento para não assustar aliados de então, nem ferir suscetibilidades de lideranças indóceis.
O grande problema de agora é que Breda é aliado de primeira hora do deputado federal Maurício Quintella (PR). E Quintella, diga-se, é uma das cartas na manga do Palácio Zumbi dos Palmares para a sucessão de Rui.
À primeira vista, separá-los em uma disputa parece impossível. Apenas parece. Em se tratando de política até o impossível é possível.
Até lá, é bom ficar ligado no canto das sereias que tende a permear o discurso político rumo ao empoderamento desejado.
Desejos e sonhos, portanto, já estão sendo revelados.