7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Dengue, zika e chikungunya: Metade dos municípios alagoanos propensos a surto

Aé 21 de abril, foram notificados 101.863 casos prováveis de dengue no país, uma redução de 20% em relação ao mesmo período de 2017

De acordo com dados dos Ministério da Saúde, foi revelado pelo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) que a cidade de Maceió e outras 49 cidades alagoanas estão em situação de alerta e outros 12 municípios apresentam situação de risco de doenças como dengue, zika e chikungunya

Conforme o LIRAa aponta, 1.153 municípios brasileiros (22%) apresentaram um alto índice de infestação. Ao todo, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, sendo 4.933 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 258 por armadilha.

A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros predominantes. O armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como tonel, barril, foi o principal tipo de criadouro na região nordeste.

Nas regiões norte, sul e centro oeste, o maior número de depósitos encontrados foi em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. Na região Sudeste predominaram os depósitos móveis, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis.

Veja a relação de municípios analisados:

Risco – Vermelho –  11 cidades:

Japaratinga, Teotônio Vilela, Satuba, Ouro Branco, Arapiraca,  Major Izidoro, Estrela de Alagoas, Craíbas, Igaci, Taquarana e Jaramataia.

Alerta – Amarelo –  51 cidades:

Pilar, Carneiros, Feira Grande, Maragogi, Jacaré dos Homens, Senador Rui Palmeira, Poço das Trincheiras, Santa Luzia do Norte, Traipu, Limoeiro de Anadia, Rio Largo, Monteirópolis, Novo Lino, Penedo, São Miguel dos Milagres, Coruripe, Flexeiras, Maceió, Mata Grande, Água Branca, Olho D’Água do Casado, Coqueiro Seco, Campestre, Paulo Jacinto, Tanque D’arca, Girau do Ponciano, Porto Calvo, Belém, Colônia Leopoldina, Maribondo, São José da Tapera, Batalha, Piranhas, Dois Riachos, Messias, Minador do Negrão, Lagoa da Canoa, Cacimbinhas, Delmiro Gouveia, Palestina, São Sebastião, Atalaia, Santana do Mundaú, Capela, União dos Palmares, Campo Alegre, Murici, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e Maravilha.

Satisfatório – Verde – 40 cidades

Belo Monte, Branquinha, Feliz Deserto, Jacuípe, Marechal Deodoro, Mar Vermelho, Pindoba, Porto Real do Colégio, Passo de Camaragibe, Piaçabuçu, Paripueira, Quebrangulo,  São Braz, Jundiá, Ibateguara,  Anadia, Boca da Mata, Cajueiro, Olivença, São Miguel do Campos, Olha D’Água Grande, Pariconha, Barra de Santo Antônio, Inhapi, São José da Laje, Jequiá da Praia, Campo Grande, Canapi, São Luiz do Quitunde, Porto de Pedras, Olha D’Água das Flores, Pão de Açúcar, Viçosa, Barra de São Miguel, Chã Preta, Igreja Nova, Junqueiro, Matriz de Camaragibe, Roteiro e Joaquim Gomes.

Casos em 2018

Em 2018, até 21 de abril, foram notificados 101.863 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 20% em relação ao mesmo período de 2017 (128.730). Também houve queda expressiva no número de óbitos. A redução foi de 44%, passando de 72 em 2017 para 40 em 2018.

Em relação à chikungunya, foram registrados 29.675 casos prováveis de febre chikungunya. A redução é de 65% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 86.568 casos. Em 2018, houve 4 óbitos confirmados laboratorialmente. Em 2017, no mesmo período, foram 83 mortes.

Também foram registrados 2.985 casos prováveis de Zika em todo país, uma redução de 70% em relação ao mesmo período de 2017 (10.286). Neste ano, foi registrado um óbito pela doença.