O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve agravada a sua situação dentro do inquérito da Polícia Federal (PF), que investiga a trama do golpe de Estado, em que é acusado de ser um dos principais articuladores, depois do depoimento do ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes.
O militar confirmou que participou de reuniões onde foram discutidos os termos da “minuta do golpe”. Segundo informações da CNN Brasil, o general, hoje na reserva, relatou os encontros em depoimento à Polícia Federal (PF).
A oitiva do general faz parte das apurações acerca da existência de uma organização criminosa que teria tramado um golpe para manter Bolsonaro no poder. Freire Gomes, diferente de outros aliados do ex-presidente, respondeu a todas as perguntas durante oito horas.
Cerca de 20 depoimentos já foram feitos no âmbito da operação Tempus Veritatis, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A PF mantém o depoimento em sigilo e vai se debruçar sobre os detalhes para estudar novos passos da apuração. O esquema golpista foi revelado pela PF no dia 8 de fevereiro, com mandados de busca e apreensão sendo cumpridos contra Bolsonaro e aliados, como o ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente, general Braga Netto.