19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Deputados debatem reajuste salarial para o funcionalismo público alagoano

Reajuste deve ser aplicado a partir de abril e maio de 2024, em razão das limitações legais impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal

As negociações em torno do reajuste salarial dos servidores estaduais foi tema de debate na sessão ordinária desta quinta-feira, 1⁰⁰. O deputado Cabo Bebeto (PL) abriu as discussões criticando o Governo do Estado pela falta de reposição inflacionária aos servidores estaduais. O parlamentar acrescentou que, pela manhã, esteve na sessão do Orçamento do Estado e disse ter visto dificuldades por parte dos secretários em explicar as previsões de arrecadação e custos.

O deputado Delegado Leonam (União Brasil) concordou com Cabo Bebeto, apesar das ressalvas em relação à questão financeira estadual. “O Governo deveria lutar pelas categorias, para que seus salários se alinhem com a inflação”, destacou o parlamentar, elencando uma série de dificuldades. “Alagoas é o Estado que menos gera emprego e não consegue arcar com seus compromissos, principalmente na área da Saúde”, completou Leonam.

Já Ronaldo Medeiros (PT) informou que o governador Paulo Dantas se reuniu com representantes de entidades sindicais dos servidores e militares, na manhã desta quinta-feira, e apresentou estudos que indicam uma reposição inflacionária de 5,79%, referente ao IPCA 2022. O reajuste deve ser aplicado a partir de abril e maio de 2024, em razão das limitações legais impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Por fim, o deputado Doutor Wanderley (MDB) ressaltou os problemas financeiros enfrentadas por Alagoas. “O ano passado foi difícil. Tivemos uma queda de receita superior a R$ 3 bilhões. Somente com o ICMS do combustível são R$ 1,5 bilhão a menos para o Estado”, informou o deputado, citando ainda o bloqueio de recursos da BRK. “Mesmo assim, o governo Paulo Dantas, no dia de hoje, fez a liberação de mais R$ 29 milhões em recursos para a Saúde. São recursos próprios para auxiliar no atendimento à população”, completou Doutor Wanderley. “Vamos compreender melhor a situação, criticar o que precisar ser criticado, mas também ser justos com os gestores”.