A infelicidade do deputado federal Givaldo Carimbão (PHS) em uma discussão com o Ministro da Cultura, Sérgio Sá, na Câmara dos Deputados, foi de uma grandeza imensurável.
Numa discussão pra lá de emocional e recheada de estupidez, o deputado alagoano perdeu razão nos argumentos e na forma. Baixou o nível de uma maneira que não condiz absolutamente em nada com o respeito que todos devemos ter pelos semelhantes.
É até estranho que isso tenha partido dele que nunca foi de se exacerbar nas relações com as pessoas, seja no trato cotidiano ou nos acalorados debates do parlamento.
Mas, o que se viu em um debate da comissão de Segurança Pública da Câmara, nesta quarta-feira, 14, foi insensatez a personalizada.
A discussão girava em torno da exploração de imagens sacras na exposição do Queermuseu, em Porto Alegre. O tema representa o novo cavalo de troia da política nacional.
Mas, a baixaria foi tamanha que Carimbão tratou de agredir, de forma despudorada, a mãe do ministro da Cultura.
-Eu tenho duas mães, me respeite, Maria de Deus Gouveia, que me gerou pelo ventre e, na minha doutrina de fé, tenho Maria Santíssima Imaculada Conceição. Eu queria que fosse com a mãe do ministro, mijando na cabeça dela, botar de pernas abertas, para saber se ele gostava.
Menos deputado.
É bem verdade que o nosso parlamento anda de mal a pior, mas levar o debate ao nível estrebaria é inadmissível. Extremamente lamentável.
Pelo que foi dito a áurea de Maria Santíssima logo se apagou. Já a mãe de Carimbão não deve ter se orgulhado do filho neste exato momento.
Houve um tempo em que a figura da mãe – por ser sublime – era intocável, respeitada. Mas, até isso, a política de hoje está destruindo.
Lamentável