Bastou o governador Renan Filho (PMDB) anunciar 6,29% de aumentos nos salários do funcionalismo estadual e a reação foi imediata. Os servidores públicos da Prefeitura de Maceió decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado, exigindo o atendimento da mesma reivindicação: reajuste salarial.
A decisão de parar saiu durante assembleia que os funcionários realizaram na manhã desta quarta-feira, 14, em frente à Praça Deodoro, no Centro. O motivo, explicou o Sindicato dos Agentes Comunitários (Sindacs), Fernando Cândido, é a negativa do prefeito Rui Palmeira (PSDB), de reajustar os salários. A greve começa no sábado, 17, após 72h da decisão, mas efetivamente será sentida a partir da segunda-feira, 19.
Na semana passada, o prefeito informou que, em decorrência de problemas financeiros, o município não poderia reajustar os salários de seus servidores. Depois de retardar por seis meses uma resposta à reivindicação das categorias, Rui pediu o mesmo prazo para analisar as finanças do município.
O reajuste Zero desagradou o funcionalismo, que decidiu pela paralisação. As categorias vão manter 30% dos serviços.
Em nota, a Secretaria de Gestão de Maceió (Semge) informou que, diante da crise, o município está trabalhando em medidas econômicas que possibilitem um reajuste salarial responsável e que garanta o pagamento da folha de pessoal em dia.
“A Prefeitura destaca ainda que, além dos salários, também tem mantido as progressões de carreira em dia, garantindo o direito dos servidores e buscando evitar perdas salariais dos funcionários públicos do município”, diz a nota.