A notícia de que o governo federal deve mais de R$ 21 bilhões ao Sistema Único de Saúde, mais que vergonhosa é uma afronta a população usuária do sistema – o SUS.
A informação é de que os recursos entraram nos processos de “restos a pagar” – despesas prometidas pelo governo, mas que não são honradas ao final de cada ano – e, portanto, o serviço na ponta ficou a desejar, para quem depende da consulta no especialista ou de um exame qualquer.
Eis uma triste realidade de um governo descomprometido com os interesses sociais ou políticas públicas das quais dependem a cidadania.
Isso é descaso, improbidade, pedalada, negligência, incompetência, entre outras coisas mais, sem descartar o maldito viéis da corrupção.
Basta perceber que o senhor Michel Temer gastou muito além de tudo isso com deputados, senadores e agregados para se livrar de dois processos de impeachment que tramitaram contra ele no Congresso.
Gastou usando o dinheiro público como moeda de troca, sem que nenhuma Carolina paneleira aparecesse na janela.
Anistiou dívidas bilionárias dos banqueiros, dos megaempresários do agronegócios e de parlamentares aliados que tinham débitos com FGTS, INSS e Receita Federal.
Enquanto isso, o dinheiro do SUS entrou no “exercício findo” sem que nenhum tostão fosse liberado para o custeio.
Em síntese, a própria sociedade alimentou o fogo para esse cadeirão em ebulição. Não falta muito para voar tampa de panela por todos os lados.
Triste Brasil.