7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Blog

Dinheiro e palanque pesaram na desistência de Nonô nessa eleição

Sem grupo, sem palanque e nem estrutura: ficou difícil

Depois de exercer 6 mandatos como deputado federal, ter sido vice-governador do Estado e candidato ao Senado e a Prefeito de Maceió, José Thomaz Nonô, 71 anos, ensaiou uma volta à Câmara este ano, mas já desistiu antes de oficializar a candidatura.

Nonô, de formação na área jurídica, foi um dos tribunos mais respeitados do Congresso Nacional, tendo conquistado seu primeiro mandato em 1983 e nos anos 90 chegou a primeiro vice-presidente da Câmara.

Na disputa atual seria um nome importante, capaz de agregar qualidade e conteúdo ao meio político da Câmara Federal, se viesse a ser eleito.

Nonô: fora da disputa

Mas, essas coisas não contam nos dias de hoje. O que conta mesmo é voto. Ele até tem, mas insuficiente para enfrentar as feras de agora com um modus operandi muito mais agressivo na corrida para conquistar o eleitor.

E esse é exatamente um dos nós da questão. A sistemática de agora passa por orçamentos astronômicos, para que os cabos eleitorais implementem suas estratégias na corrida pelo voto, de maneira que o alto custo seja proporcional à quantidade de votos. Isso pesou na desistência dele que tem reservas contra a forma.

Além disso, há o fato de que o grupo político em que o ex-vice governador se inseriu, praticamente, se esfacelou e o bloco, todo ligado aos mimos da Prefeitura de Maceió e do prefeito Rui Palmeira (PSDB), ficou órfão de um candidato majoritário que aglutinasse e fortalecesse as pré-candidaturas proporcionais.

Ou seja, quando Rui Palmeira anunciou que não seria mais candidato ao governo do Estado deixou os proporcionais em situação de difícil para a montagem de um palanque e uma chapa competitiva.

Assim, só vai quem estiver disposto a gastar muito dinheiro. É muito mesmo.

Foi aí que “Zé Thomaz” fez valer a força do seu sobrenome: No… No…