Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), vai se filiar ao PL até o fim de março para ser candidato a deputado estadual ou federal pelo Rio de Janeiro.
E por seguir a carreira política, ele vai deixar a direção da agência e a carreira na PF (Polícia Federal) até abril para disputar a eleição de 2022.
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O PL é o mesmo partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro vai disputar a reeleição. E que vai ganhar hoje (15) os nomes da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), o jogador de vôlei Maurício Souza, e o cantor Netinho vão se filiar ao PL (Partido Liberal), em evento de filiação na sede do partido, em Brasília.
A legenda contará ainda com a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (União-SP). O filho ’02’, porém, deve participar do evento de filiação no sábado (19), também na capital federal.
PF, Moro e STF
Alexandre Ramagem chegou a ser apontado pelo presidente para ser Diretor da PF (Polícia Federal), mas sua nomeação foi barrada pelo STF.
Então Ministro da Justiça, Sergio Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF e retirar Maurício Valeixo, escolha do ex-juiz, para colocar Ramagem.
Considerado amigo-irmão dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, foi Ramagem quem assumiu durante a campanha eleitoral a condição de chefe da segurança pessoal de Bolsonaro, após o episódio da facada.
Ramagem
Delegado da PF, Ramagem atuou na coordenação de grandes eventos no Brasil: Conferência das Nações Unidas Rio +20 (2012); Copa das Confederações (2013); Copa do Mundo (2014); e Jogos Olímpicos do Rio (2016).
No fim de 2018, Ramagem foi nomeado superintendente regional da PF no Ceará, mas acabou chamado para o cargo de assessor especial da Secretaria de Governo da Presidência da República, na função de auxiliar direto do então ministro Carlos Alberto Santos Cruz.
Com a saída de Santos Cruz, Ramagem assumiu a Abin em julho de 2019. Nessa época, começaram os rumores sobre a existência de uma “Abin paralela” que produziria dossiês com informações sobre adversários do presidente. O governo sempre negou a informação. No entanto, outras polêmicas surgiram.