8 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Dívida de R$600 mil seria a causa da morte do advogado na Ponta Verde

A polícia ainda acredita que o sócio Sinval é o autor intelectual do crime

Foto: Web

Pouco mais de um mês após a morte do advogado José Fernando Cabral de Lima (51), assassinado no dia 3 de abril, a polícia prendeu dois possíveis responsáveis pela execução do advogado. Irlan Almeida de Jesus e Denisvaldo Bezerra da Silva Filho seriam os dois homens que aparecem chegando e fugindo em uma moto, na casa de câmbio na Ponta Verde, local do crime. Segundo as investigações, eles teriam sido contratados pelo advogado Sinval José Alves, sócio de José Fernando, autor intelectual do crime, pelo valor de R$ 30 mil.

Foram presos, Irlan Almeida de Jesus, que estava foragido na Bahia e Denisvaldo Bezerra da Silva Filho, que foi preso no bairro Trapiche, logo após a prisão do advogado Sinval, no dia 12.

Em depoimento, Sinval nega que tenha associação com o crime. Já Irlan confirma tudo, mas não assume que participou da morte. Ele conta que não esteve no local, mas teria alugado a moto usada no crime.

Segundo as informações da polícia, José Fernando chegou a receber uma carta dizendo que ele estava marcado para morrer. Mas, para a família, o crime aconteceu rapidamente, antes mesmo que o advogado tivesse a oportunidade de contratar um segurança.

Motivo

O determinante do crime seria uma dívida de mais de R$ 600 mil que Sinval teria com José Fernando. O sócio teria armado o possível assalto para que parecesse um latrocínio. Por isso a escolha do escritório, que funcionava também como casa de câmbio.

As informações foram repassadas para a imprensa, na tarde de quarta-feira (2), durante uma coletiva na sede da Secretaria de Segurança Pública, situada no Centro de Maceió.

Participaram da coletiva de imprensa o secretário adjunto de Segurança Pública, Manoel Acácio, o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, o coordenador da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o delegado Eduardo Mero, a coordenadora do núcleo de inteligência da gerência da Polícia Civil, a delegada Ana Luíza Nogueira, a delegada plantonista da DHC, Paula Francinetti, e a presidente do inquérito, a delegada Simone Marques.