O senador Marcos do Val, do Podemos, prestou mais um depoimento à Polícia Federal para se explicar sobre o suposto plano para gravar o ministro do STF Alexandre de Moraes, com o objetivo de anular as eleições de 2022.
O senador licenciado, e que meteu um atestado para depor após o ex-presidente, Jair Bolsonaro, disse que o plano foi abordado numa reunião com o então presidente e com o então deputado Daniel Silveira. Jair teria ficado calado e em nenhum momento teria avaliado de forma negativa ou positiva o plano.
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Vale constar que, enquanto Do Val fiz questão de dizer que seu ex-presidente ficou de braços cruzados, Jair, na PF fez questão de jogar toda a culpa no senador, questionando inclusive sua sanidade mental. E negou qualquer plano sobre um golpe.
Marcos do Val, diga-se de passagem, já apresentou várias versões sobre o episódio. A mais recente é a de que o plano foi ideia de Daniel Silveira e voltou a dizer que Bolsonaro ficou calado.
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Daniel Silveira
Isolado, o ex-deputado Daniel Silveira, através de seu advogado, Paulo Faria, afirmou que o senador não tem credibilidade para acusar o cliente, porque já deu várias versões sobre o mesmo fato e que a iniciativa da reunião foi de Marcos do Val, que pediu a Silveira para levá-lo a Bolsonaro.
A defesa de Silveira, que que está preso em Bangu 8 por ameaçar e incentivar violência contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), também disse que seu cliente está com dificuldades financeiras e com uma vaquinha online pretende “devolver dignidade ao nosso herói Daniel Silveira e sua família”.
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As contas bancárias de Silveira estão bloqueadas e por isso os depósitos serão feitos em uma conta do próprio advogado, com o dinheiro sendo usado para:
“compra de alimentos, pagamento de transporte de Petrópolis a Bangu 8, pagamento das contas básicas e despesas da família, consertar a máquina de lavar que estragou, ou comprar uma nova, consertar o portão danificado pela Polícia Federal, contas básicas da família, inclusive de despesas da filha, que está impedido de arcar e resgatar o mínimo de dignidade”.
Faria reclamou ainda do isolamento do bolsonarista, já que, financeiramente, “daria para contar nos dedos de uma mão, e ainda sobrariam dedos, os que ainda ajudou Silveira”.
É cada um por si.