A deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, apresentou uma prestação de contas à Justiça Eleitoral que levanta sérias suspeitas de fraude. E isso pode resultar em processos criminais com até mesmo na perda de seu mandato.
Os documentos fornecidos pela deputada para comprovar os serviços supostamente prestados a ela durante a campanha eleitoral do ano passado incluem o nome de um comerciante do interior de São Paulo, que afirma categoricamente que nunca trabalhou em sua campanha.
Além disso, a assinatura do comerciante nos documentos foi claramente falsificada.
O nome do comerciante aparece tanto na lista de doadores quanto na lista de despesas da campanha, o que é comum quando os candidatos precisam registrar serviços de pessoas que atuaram como voluntárias ou que utilizaram recursos pessoais para apoiar a candidatura sem repassar os valores diretamente para o comitê.
No entanto, no caso em questão, o comerciante nega veementemente qualquer envolvimento com a campanha. Portanto, seu nome foi indevidamente incluído na documentação apresentada pela deputada à Justiça Eleitoral.
O comerciante é Roberto Habermann, morador de Ribeirão Preto, em São Paulo. Ele diz que ficou espantado ao saber que aparece na prestação de contas da deputada, relacionado a um valor de R$ 870 supostamente “doado” à campanha a título de prestação de serviços.
Apoiador declarado de Jair Bolsonaro, Habermann garante não ter atuado na campanha de Zambelli e nega que seja dele a assinatura que consta do documento entregue por ela à Justiça Federal para “comprovar” a relação. É uma fraude grosseira. A assinatura não é nem sequer parecida com a de Habermann.