24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Educação: Três escolas alagoanas vencem concurso literário nacional

Uma delas é de Paulo Jacinto, as outras são de União dos Palmares e Arapiraca. O outro lugar do pódio ficou para o Cefet de Belo Horizonte (MG)

Primeiro eu vou falar de orgulho e emoção, sentimentos que não combinam com a isenção que o jornalismo requer. Mas, e daí, jornalista também é humano, lida o tempo todo com esses sentimentos e de vez em quando precisa expressá-los, né não? Portanto, neste texto, estou mandando a isenção às favas! (Já a partir da chamada de título).

Imagina o meu orgulho, ao receber um pequeno vídeo, hoje cedo, anunciando o resultado da Olimpíada da Língua Portuguesa 2021 – concurso literário nacional com milhares de trabalhos concorrentes, vindos de escolas de todo o país – e escuto, entre os quatro vencedores da modalidade “Artigo de Opinião”, o nome da minha pequena cidade: PAULO JACINTO (permitam a escrita em caixa alta. É pra destacar, mesmo!).

Na euforia do momento, quase não entendi o porquê de o nome de Alagoas ser repetido diversas vezes pelos apresentadores, num vídeo de menos de um minuto, e com tanto entusiasmo: “Alagoas de novo!”. Sim, nosso Estado, tantas vezes alardeado pelos altos índices de analfabetismo, levou três das quatro premiações da modalidade.

Todas três para unidades da rede estadual de ensino. Além da Escola Deputado José Medeiros, de Paulo Jacinto, vencedora com o trabalho coordenado pelo professor Melqui Zedeque Lopes Ribeiro, também estão entre as quatro premiadas com os melhores artigos apresentados a Escola Estadual Rocha Cavalcante, de União dos Palmares, com o trabalho coordenado pelo professor Gilmar de Oliveira Silva, e a Escola Estadual José Quintella Cavalcanti, de Arapiraca, com trabalho apresentado pela professora Lívia de Oliveira Silva.

“Só deu Alagoas”. A exceção foi a unidade do CEFET de Belo Horizonte – Minas Gerais, com trabalho coordenado pelo professor Antonio Augusto Braico Andrade.

Motivo de orgulho, sim, sobretudo para os que fazem o ensino público de Alagoas: Gestores, educadores, estudantes…

Todos os concorrentes trouxeram à 7ª edição da Olimpíada da Língua Portuguesa histórias de superação: professores e alunos que tiveram que se reinventar, por meio de estratégias, vivências e práticas criativas para superar a distância física e manter as atividades de ensino-aprendizagem em meio à pandemia da Covid-19.

O concurso se realiza em várias etapas de julgamento – escolar, estadual, regional e nacional – e contempla várias faixas escolares – do 5º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio – e em várias modalidades: Crônica, Memórias Literárias, Documentário, Poema e Artigo de Opinião.

Iniciativa do Itau Social, com coordenação técnica do CENPEC, o concurso é focado na melhoria do ensino e aprendizagem da língua portuguesa nas escolas públicas de todo o país e vai muito além da escrita. Trata de vivências; da troca de experiências entre alunos e professores concorrentes, localizados em várias partes do país, por meio de espaços virtuais que lhes proporcionaram novos aprendizados. Tem mais detalhes no portal Escrevendo o Futuro (https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/noticias/sobre-o-programa/artigo/3025/saiba-quem-sao-osas-vencedores-da-7-olimpiada-de-lingua-portuguesa).

É o que tenho para o momento, tentando justificar, com a emoção, a prática do jornalismo apressado. Fiquei, de fato, muito feliz. É interessante, como coisas aparentemente simples têm uma dimensão tão grandiosa no coração de quem tem orgulho do seu lugar. Acho que Graciliano, Jorge de Lima, Lêdo Ivo e tantos outros expressivos escritores alagoanos também teriam esse sentimento em relação a esse triplo pódio para a educação do nosso estado.

Assim como nós, jornalistas da nossa pequena e pródiga PAULO JACINTO (de novo em caixa alta), vamos dormir orgulhosos da sua participação nesse feito.

E antes de fechar esse texto, que já se alonga além das 20 linhas pretendidas, vou confessar, que antes de contar pra vocês, liguei pro meu amigo jornalista Marcelo Firmino.
– Sabe que tem três municípios alagoanos entre os quatro vencedores de um concurso literário nacional, na modalidade “Artigo de Opinião”?
– Não me dia que Paulo Jacinto é um deles? Exclamou, assertivo, mandando logo em seguida:
-PAULO JACINTO e os outros – esse é o título, e joga na manchete!
Calma aê, conterrâneo! Não se deve abusar da licença poética, quando se trata de jornalismo.

SÓ UM POUQUINHO, né!…

3 Comments

  • Avatar John Hélio Porangaba de Oliveira

    Parabenizar é a ação necessária. Não sei a quem parabenizar: os alunos, os professores, as escolas, o estado, a política do programa de premiação, aos jornalistas pela contribuição informativa, etc. Não importa, o parabéns vai todos e quem mais se incluir participativamente. Tudo faz parte e, de certo modo, estão mantendo relação. Eu fico feliz porque também sou conterrâneo e estou em um processo de aprendizagem maior na cadeia em relação com as instituições de ensino. Diante do status da educação e o investimento para ela em nosso país, o ocorrido em destaque da referência notícia é uma alegria. Deixo aqui minhas felicitações, parabéns e desejo de sucesso e muitas, muitas realizações como estás ora em vigor.

  • Avatar José Jair Barbosa Pimentel Vital (JORNALISTA E PROFESSOR)

    Orgulho-me de ser Cidadão Honorário de Paulo Jacinto com essa boa notícia.

  • Avatar MARIA DAS GRACAS CORREIA DE ALMEIDA

    Igualmente orgulhosa pelos vencedores e pelo apaixonado e merecidos destaques presente no artigo da jornalista Fátima Almeida

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