7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Eike Batista é condenado a 30 anos por corrupção e lavagem de dinheiro

Também pela Lava Jato no Rio, o ex-governador Sérgio Cabral (MDB) foi condenado a 22 anos e oito meses – já são 120 anos no total

O empresário Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro em ação penal derivada da Operação Eficiência, uma das fases da Lava Jato no Rio de Janeiro, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.

Na sentença, divulgada nesta terça-feira (3), o magistrado também pune o ex-governador fluminense Sérgio Cabral (MDB) com 22 anos e oito meses de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas –com isso, as penas aplicadas a Cabral na Lava Jato chegam a mais de 120 anos de prisão.

Eike ainda terá que pagar multa de R$ 53 milhões. Na ação penal, ele é acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões para Cabral em troca de vantagens em contratos com o estado.

Segundo a investigação, o pagamento da propina faz parte do esquema usado por Sérgio Cabral e outros investigados para ocultar mais de US$ 100 milhões remetidos ao exterior. Apenas 10% já foi recuperado pelo Ministério Público Federal.

Não pode sair do país

Bretas observa na decisão que Eike continuará a cumprir prisão domiciliar até que se esgotem todos os recursos. No entanto, o magistrado manteve retido o passaporte do empresário, isto é, ele seguirá impedido de deixar o país.

O juiz argumentou ter considerado o fato de que Eike tinha uma viagem internacional marcada poucos dias antes de sua prisão. Também mencionou o fato de que o empresário possui dupla cidadania, a outra sendo alemã