A Polícia Federal abordou no aeroporto de São Paulo, o grupo familiar brasileiro, acusado de agredir verbalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e, fisicamente, o filho do magistrado, durante encontro no aeroporto de Roma.
O empresário Roberto Mantovani Filho, 71, representante do grupo disse aguardar um comunicado oficial sobre a acusação que pesa contra ele para poder detalhar sua versão do episódio.
“Isso aí a polícia não perguntou nada a respeito, por isso eu prefiro aguardar para saber do que estou sendo acusado, se minha família sendo acusada de algo”, afirmou.
Ao desembarcarem no Brasil na madrugada deste sábado, por volta das 5h, o empresário e a família foram ouvidos por agentes federais.
“Nós conversamos [com os policiais federais] e eles pediram para fazer um breve relato do que tinha ocorrido em Roma. Eu fiz esse relato”, disse Mantovani.
De acordo com ele, como estava acompanhado “das minhas duas netas, de 4 e 2 anos, da minha filha, do meu filho de 20 anos, do meu genro e da minha esposa”, o grupo decidiu ir embora.
“Vou aguardar um comunicado [da PF] para saber do que eu estou sendo acusado”, disse.
Entenda o caso
O ministro e a família voltavam de uma palestra na Universidade de Siena, uma das mais tradicionais daquele país, quando foram cercados no aeroporto por três brasileiros. O ministro foi xingado de “bandido”, “comunista” e “comprado”, por uma mulher identificada como Andrea. Na sequência, um homem que, de acordo com a PF, se chama Roberto Mantovani Filho, reforçou os xingamentos e chegou a agredir fisicamente o filho do ministro, que acompanhava o pai na viagem.
O rapaz teria tentado intervir para evitar as agressões verbais ao pai e acabou levando um tapa. Um terceiro homem, identificado como Alex Zanatta, também participou do ataque, xingando Moraes e família com palavrões.
Eles não foram presos, mas serão alvos de um inquérito da PF.
Os agressores, de acordo com a Polícia Federal (PF), já foram identificados e serão alvo de uma investigação. Lideranças políticas cobraram apuração rigorosa e manifestaram solidariedade ao ministro.