19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Policia

Entidades de classe protestam contra prisão de delegado em Maceió

Delegado foi acusado de ter induzido o Ministério Público ao erro em caso de assassinato

O assassinato do ativista político, Kleber Malaquias, resultou também na prisão do delegado Daniel Mayer, responsável pelo inquérito policial.

O delegado foi preso na manhã desta quarta-feira (18) pela Polícia Federal (PF), suspeito de induzir o Ministério Público Estadual (MPAL) ao erro.

A prisão do delegado foi pedida pelo MP/AL , após constatar o desaparecimento de documentação crucial para o andamento do inquérito policial. A ausência do documento compromete a apuração dos fatos e a possibilidade de identificar e punir os responsáveis pelo crime. Daniel Mayer, é Diretor de Polícia Judiciária (DJP1) da Secretaria de Segurança Pública

Entidades de classe se manifestaram contra a prisão em nota oficial.

As entidades representativas da classe dos Delegados de Polícia Civil de Alagoas, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado de Alagoas (SINDEPOL/AL) e a Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (ADEPOL/AL), vêm a público manifestar profunda preocupação com a prisão preventiva decretada em desfavor do Delegado Daniel José Galvão Mayer, ocorrida na presente data, sob a acusação de Induzir juiz a erro (Art. 347 do Código Penal – Fraude Processual).

O Delegado Daniel José Galvão Mayer é um servidor público de notável integridade e reputação ilibada, com extensa e relevante trajetória na Polícia Civil do Estado de Alagoas. Exerce, com destacada competência e seriedade, a função de Diretor de Polícia Judiciária da Região Metropolitana (DPJ1), acumulando ainda, por meio de incansável dedicação e esforço pessoal, as funções da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico.

O Delegado Daniel é amplamente respeitado tanto por seus pares quanto pelas comunidades em que atua, sendo reconhecido por sua dedicação incansável e por prestar relevantes serviços à segurança pública.

Ao longo de sua carreira, participou de inúmeras operações policiais de elevada complexidade, enfrentando perigosas organizações criminosas e indivíduos de altapericulosidade, sempre em defesa da ordem pública e da justiça.

Como todo servidor policial, arriscou sua própria vida em prol da segurança da sociedade, demonstrando coragem e comprometimento com os valores mais nobres da função policial.As entidades representativas reafirmam sua confiança na honestidade e retidão do Delegado Daniel Mayer, reiterando que, ao longo de sua carreira, sempre pautou sua conduta pela observância estrita da legalidade e dos princípios que regem a função policial.

Temos convicção de que a prisão preventiva que lhe foi imposta é fruto de um equívoco que será devidamente corrigido, e que a verdade será plenamente restabelecida no curso do devido processo legal.

Acreditamos firmemente na inocência do Delegado Daniel Mayer e na sua capacidade de demonstrar que as acusações imputadas a ele são infundadas. As entidades que ora subscrevem esta nota repudiam, com veemência, qualquer ato que implique a violação dos direitos e garantias fundamentais de um servidor público exemplar, como é o caso do Delegado Daniel Mayer.

Por fim, reafirmamos nosso compromisso com a defesa intransigente do Estado Democrático de Direito e com a proteção da honra e da dignidade dos delegados de polícia, que diariamente dedicam suas vidas à manutenção da ordem pública e à proteção da sociedade alagoana.

SINDEPOL/AL E ADEPOL/AL

O caso

Segundo o processo, o crime aconteceu dentro de um bar, em Rio Largo, na tarde de 15 de julho de 2020, dia do aniversário da vítima. A execução teria sido arquitetada pelos envolvidos que atraíram Kleber até o Bar da Buchada para realizar o assassinato.

A vítima era conhecida por denúncias contra políticos e autoridades, sendo esta a possível motivação do crime.

De acordo com o relatório, o policial militar José Mário, na época pré-candidato a vereador, marcou um encontro com Kleber para conversar sobre questões políticas. Na ocasião, Fredson José teria efetuado os disparos de arma de fogo que levaram a vítima à morte.

Consta nos autos que Kleber era alvo de constantes ameaças devido às denúncias que fazia contra políticos e autoridades.

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