
Com as chuvas caídas no Estado o volume de água dos rios está aumentando. O nivel do rio Jacuípe, por exemplo, subiu dois metros e oitenta centímetros em apenas 48 horas. O limite máximo suportável é de três metros, segundo o meteorologista, Vinicius Pinho, da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos.
Diante do quadro a Defesa Civil já trabalha no planejamento de ações para evitar desastres a partir de enchentes nas cidades ribeirinhas. Segundo a capitã Aline Agra, o período com maior incidência de chuvas é considerado “quadra chuvosa”. Ele inicia no mês de maio e vai até agosto.
Assim, o Exército, Marinha, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Secretaria de Estado da Saúde se reúnem, juntamente com as coordenadorias municipais de Defesa Social, “e participam do planejamento interinstitucional, que significa realizar simulações de resgate em ambientes alagados, e cada órgão conhecer seu papel em um possível acidente decorrente das precipitações, ” salienta a capitã.
As áreas de risco são monitoradas rigidamente durante o período e a Defesa Civil alerta: encostas e barreiras são os locais mais propícios para acontecer desastres por causa das chuvas. Arborização e colocação de lonas foram medidas adotadas para diminuir os riscos.
Desde 2011 – um ano após as enchentes que destruíram cidades e deixaram outras tantas em estado de emergência em Alagoas e nos estados vizinhos – está sendo realizado um monitoramento hidrológico das bacias hidrográficas de Alagoas, além do monitoramento constante das chuvas.
“As bacias dos Rios Mundaú, Paraíba e Jacuípe são consideradas as principais do estado e, portanto, são monitoradas, juntamente com outras nascentes, totalizando 19 pontos estratégicos. Elas são chamadas de estações hidro meteorológicas, e o governo estadual tem a Agência Nacional de Águas [Ana], como parceira. Vale ressaltar que a ação iniciou depois das enchentes de 2010,” destaca Vinícius Pinho.