8 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Ex-ministro acusa MBL de ser o maior produtor de “fake news” do Brasil

Ainda assim destacou a importância das redes sociais para comunicação

Por Rômulo Ávila 

O Movimento Brasil Livre (MBL) é o maior produtor de notícias falsas do Brasil. O alerta foi dado pelo filósofo, professor da USP e ex-ministro da Educação (Governo Dilma Rousseff), Renato Janine Ribeiro,  em Belo Horizonte, nessa terça-feira (15).

Janine abordou com os estudantes, entre outros assuntos, a diferença entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa. Nesse contexto, destacou a importância das redes sociais. “Notem que a imprensa tem aproveitado a questão da Fake News para fazer mais ou menos o seguinte: Facebook é Fake News. Jornal é notícia séria. Antes fosse, né? Seria muito bom”, criticou.

“Já vi muita Fake News em jornais de grande tiragem. Durante um ano, o Uol teve um colunista que pertence ao movimento que, segundo pesquisas, é o maior produtor de Fake News do Brasil, que é o Movimento Brasil Livre (MBL). É o maior produtor de notícias falsas que tem. No entanto, durante um ano foi colunista do Portal UOL, que não teve o cuidado de combater a Fake News”, exemplificou o filósofo, referindo-se a Kim Kataguiri, um dos líderes do MBL.

Janine Ribeiro acusa MBL

Redes sociais – Janine citou um exemplo ocorrido em 2015, quando era ministro da Educação, para mostrar o poder das redes sociais. Conforme o filósofo, a Rede Globo veiculou uma matéria totalmente negativa sobre o Programa Ciências Sem Fronteiras. Assim que a matéria foi ao ar, uma das entrevistadas, uma jovem de Palmas (Tocantins), recorreu ao Facebook para questionar a edição feita pela emissora.

“Ela foi entrevistada durante 1 hora, só fez elogios ao Programa Ciência Sem Fronteira, mas pegaram só duas falas dela fazendo crítica”, lembrou o ex-ministro, que revelou ter sido procurado posteriormente pelo jornalista. “Ele pediu desculpa”.

“Se não houvesse a rede social, o máximo que a moça de Palmas poderia ter feito era mandar uma carta para a Globo, onde, provavelmente, seria jogada em uma gaveta”, disse.  “Hoje você tem uma outra possibilidade que exige de nós também um compromisso para ter uma informação plural  e verdadeira”, completou.

(com Domtotal)