A segunda-feira, 23, se inicia com a informação de que o delegado Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, deve prestar hoje um novo depoimento à Polícia Federal.
Torres é investigado por omissão com os ataques terroristas de 8 de janeiro, nas sedes dos 3 poderes em Brasília. O ex-secretário foi acusado de ter sabotado o comando das forças de segurança, que deveriam conter a investida de vândalos e terroristas que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Torres está preso em batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.
No primeiro depoimento, Anderson Torres decidiu ficar em silêncio na primeira vez que foi questionado pelos policiais federais. Agora, a expectativa é de que ele se manifeste sobre as acusações em que está envolvido.
O segundo depoimento foi um pedido da defesa de Torres, que solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela PF.
Torres terá que responder inclusive sobre a minuta do decreto presidencial encontrada no apartamento dele pela PF durante operação de busca e apreensão. O documento continha um dispositivo para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) interviesse no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e nas cortes eleitorais regionais, declarando Estado de Defesa, durante o pleito do ano passado. Caso fosse assinado, o decreto poderia ser usado para alterar o resultado das eleições.