16 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Ex-ministro de Bolsonaro tentou passar a boiada sobre o MST e se deu mal

Ricardo Salles, réu em ação que investiga grilagem e tráfico ilegal de madeiras da Amazônia, queria criminalizar o MST em CPI

Ricardo Salles passou a boiada para grileiros e queria criminalizar o MSTDepois de propor passar a boiada no governo Bolsonaro, para a invasão de grileiros em terras indígenas, o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, idealizou e criou a CPI do MST, movimento que ocupa terras improdutivas no País.

Salles, que se tornou réu em processo que investiga o tráfico ilegal de madeiras da Amazônia para a Europa e os Estados Unidos, foi o relator da CPI do MST e não conseguiu aprovar o relatório da comissão.

Na oportunidade, ele foi também acusado de apenas querer criminalizar os sem terra e defender os grileiros do agronegócios em terras indígenas. E assim pediu a criminalização de integrantes do Movimento dos Sem Terra em seu relatório.

Só que a comissão terminou sem desfecho, por que Salles não conseguiu provar as acusações dos 11 indiciamentos que pediu.. Diante disso propôs mais tempo para comissão ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Só que a proposta foi negada.  Lira não aceitou a manobra do deputado paulistano, ex-ministro de Jair Bolsonaro.

A comissão, então, foi extinta. Esta foi a terceira comissão instaurada contra o movimento social que terminou sem desfecho.

Revoltado com o desfecho zero

Agora, revoltado com o desfecho da CPI, o  presidente da comissão, deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), anunciou o lançamento da Frente Parlamentar Invasão Zero. Ele disse que irá entregar a Lira uma listagem com leis que a comissão considera relevantes para diminuir as ocupações de terra. Por sua vez, o relator Ricardo Salles afirmou que as investigações chegaram a um “bom termo”, mas lamentou a não prorrogação.

.