No mesmo dia que oito pessoas foram mortas em uma escola de Suzano (SP), por dois atiradores, que logo depois tiraram a própria vida, as redes sociais Facebook e Instagram, mais o aplicativo WhatsApp, todos de propriedade do americano Mark Zuckerberg, passaram por instabilidade no Brasil e no mundo.
E apesar da má vontade de quem criou e inocência de quem compartilhou, os meios de comunicação não foram bloqueados por causa da tragédia na escola Raul Brasil.
Todas essas alegações possuem as mesmas características: são sensacionalistas, pedem que os usuários repassem ou compartilhem o texto e não fornecem nenhuma fonte com link para embasar a alegação. Ou seja: bate todos os pontos de identificação de uma clara fake news.
A maior motivação da mentira era afirmar que o suposto bloqueio seria pela disseminação de fotos e vídeos da tragédia, com a alegação de que novos ataques poderiam ocorrer. Mas não há conexão.
Dezenas de países foram afetados pelo “apagão” do Facebook. Os mais afetados foram: Estados Unidos, México, Japão, Filipinas, países membros da União Europeia, e países da América Latina, como o Brasil. O próprio Facebook exibia uma mensagem de erro padrão. No Twitter, a Rede Social também comentou:
We’re focused on working to resolve the issue as soon as possible, but can confirm that the issue is not related to a DDoS attack.
— Facebook (@facebook) 13 de março de 2019
O comportamento da rede social, aliás, em casos assim é completamente oposto a de um bloqueio temporário. Em casos de atentados, o Facebook geralmente disponibiliza uma função que permite que seus usuários avisem a seus contatos, que estão bem. Isso ocorreu, por exemplo, no chamado “Ataque Terrorista em Paris“, em 2015, no “Massacre de Orlando“, em 2016, entre outras tragédias.
Ou seja: quem criou o factóide participou ativamente de mais uma mentira que nada agrega. E os que compartilharam, também. Mesmo que inadvertidamente.