Em 2017, 13.982 pessoas foram contaminadas por agrotóxicos segundos dados oficiais do Ministério da Saúde. Em 2016 foram 12.261 trabalhadores rurais vitimas de intoxicação. O detalhe é que isso representa apenas os casos notificados.
No entanto, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), esse números tendem a ser 50 vezes maior, considerando os casos que não entram na estatística do Ministério da Saúde, por que as vitimas não receberam a devida assistência.
Nos dados do Ministério, no ano passado, 492 pessoas morreram por intoxicação de agrotóxicos, entre os que tiveram casos notificados.
A estimativa da Fiocruz é que em 2016 cerca de 700 mil pessoas foram vítimas dos agrotóxicos nos campos do Brasil, exatamente devido ao manuseio.
Liberou geral – Graças aos políticos do chamado “Centrão” no Congresso Nacional e a bancada ruralista a aplicação de agrotóxicos nas lavouras do Brasil ganhou o selo do liberou geral. A medida foi apoiada pelo Presidente Michel Temer, que encaminhou mensagem ao parlamento propondo a liberação do veneno nas plantações do País.
Assim, a tendência é que o número de casos de vítimas, a partir de agora, seja ainda muito mais elevado.
O pior é que, de acordo com a Fiocruz, os médicos não estão preparados para diagnóstico de contaminação por agrotóxicos e, infelizmente, a saúde do trabalhador rural também não é um tema prioritário. Em síntese, haverá o aumento do uso de agrotóxico e, consequentemente, o aumento do número de casos de intoxicação e vítimas fatais.