O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) vai constituir uma força-tarefa para investigar os gastos da ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, que pagou as despesas da família com dinheiro vivo e usando o cartão de crédito de uma amiga, que também foi abastecida com dinheiro vivo para pagar a fatura.
A investigação foi motivada após as conversas interceptadas pela Polícia Federal (PF) revelarem uma orientação para o pagamento das despesas de Michelle, em dinheiro vivo.
A proposta da força-tarefa foi formulada pelo subprocurador-geral do Ministério Público no TCU Lucas Rocha Furtado.
O material, divulgado neste sábado (13/5) pela reportagem do Uol, traz indícios de um esquema de corrupção, com desvios de recursos públicos e tentativa de fugir à fiscalização com o objetivo de bancar das instituições normativas.
Em conversas com assessoras do governo de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid manifesta preocupação sobre irregularidades no pagamento de despesas de Michelle, que utilizava um cartão de crédito vinculado à conta da amiga Rosimary Cardoso, à época assessora parlamentar no Senado.
Áudios na quebra de sigilo
Os diálogos, realizados por meio de áudios, foram descobertos pela PF na quebra de sigilo das comunicações de Cid, preso desde a semana passada por suspeita de fraude nos comprovantes de vacinação contra a COVID-19.