8 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Cotidiano

Greve dos Caminhoneiros: Começam os problemas de abastecimento

Distribuição de alimentos e entrega dos correios é afetada; Sindicado diz que não deve faltar combustível em Alagoas

A greve dos caminhoneiros autônomos entra em seu terceiro dia e tem impactos na oferta de produtos e serviços comuns no dia a dia dos brasileiros, como alimentos, combustíveis, cartas e transporte público. Já falta etanol em postos de combustíveis.

Foto: Cortesia

Os caminhoneiros protestam contra os recentes aumentos nos preços dos combustíveis e pedem ao governo a redução de impostos. Com a paralisação, caminhões-tanque, por exemplo, não conseguem chegar aos postos para repor os estoques e já começa a faltar combustível.

Mas este não parece ser o caso em Alagoas. Ainda. Segundo o Sindicado do Comércio Varejista de Combustíveis Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Estado (Sindcombustíveis), até agora não há informações sobre falta de combustíveis nas bombas dos postos.

No Estado, o protesto de caminhoneiros segue pelo segundo dia consecutivo na BR-101, Km 73, em Messias, onde a via continua interditada nos dois sentidos para passagem de veículos grandes. Também em Palmeira dos Índios, no km 48 da BR-316, caminhoneiros bloqueiam a pista nesta quarta-feira (23).

Correios

Devido ao “forte impacto” dos bloqueios nas rodovias, os Correios anunciaram nesta quarta-feira (23) a suspensão das entregas de encomendas com dia e hora marcados: as modalidades Sedex 10, 12 e Hoje. O prazo de entrega de cartas e encomendas pelas modalidades Sedex e PAC vai aumentar em alguns dias enquanto durarem os efeitos da greve.

Alimentos

Em São Paulo, a distribuição de hortifrúti começa a ser prejudicada. A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), terceiro maior centro atacadista de alimentos do mundo, informou que alimentos como mamão, melão, batata, manga e melancia estão chegando em menor quantidade porque os caminhões estão parados nas estradas.

A produção de carnes de frango e suína foi paralisada em diversas unidades pelo país porque os animais não chegam às fábricas, e as fábricas não conseguem levar a carne até o consumidor. Estão fechadas, por exemplo, unidades em Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Sul.

Aeroporto de Brasília

O Aeroporto de Brasília pode ficar sem a reserva de querosene de aviação caso não receba novos abastecimentos até o fim da tarde desta quarta-feira 23, informa a Inframerica, concessionária responsável pelo terminal. Desde a terça-feira (22), o estoque de combustível está contingenciado por causa das paralisações de caminhoneiros no Distrito Federal.