O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o cartão corporativo simplesmente o triplo do que já havia sido anunciado: se as planilhas públicas de 6 de janeiro indicavam gastos R$ 27,6 milhões entre 2019 e 2022, ,o Portal da Transparência do governo federal a quantia já supera R$ 65 milhões.
As planilhas foram publicadas em resposta a um pedido feito pela agência por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação) e não se sabe por exemplo se os gastos são apenas do presidente, de sua equipe de segurança ou se englobam outros órgãos que estão sob o guarda-chuva da Presidência, como secretarias, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
A grande novidade dos dados divulgados agora é que é possível saber os estabelecimentos onde houve gastos e a frequência — no Portal da Transparência esses dados ainda aparecem como “sigilosos”, mas as notas fiscais não foram divulgadas, o que impede saber o que foi comprado realmente.
Viagens envolvendo negociações do país com parceiros internacionais podem continuar sob sigilo e, por isso, podem não aparecer nas planilhas de detalhamento de despesas.
O Itamaraty, por exemplo, colocou sob sigilo de cinco anos o acesso aos detalhes de documentos da visita de Bolsonaro à Rússia, em fevereiro do ano passado.
A especialista também ressalta que os gastos da Abin e do GSI podem não estar na planilha porque um decreto de 2019 estabelece uma classificação de sigilo mais imprecisa do que a prevista pela LAI, por envolver informações de ações de inteligência e investigações.